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Novo grito, indistincto a quem não tivesse a pratica da vida maritima, scindiu o espaço, pedindo soccorro. Não havia hesitar. Antonio, impossibilitado de cruzar a vista com o filho, tomou-lhe um braço, apertou-o nervosamente. Comprehendeu-o o rapaz. Era aquella a hora da famosa represalia! Atiraram-se os dois ao mar, despidas n'um momento as simples calças de dril azul, sem uma indecisão.
Vem o inverno e os montes pedregosos, as arvores despidas, a natureza inteira envolve-se n'uma grande nuvem humida que tudo abafa e penetra. As coisas dil-as-hieis recolhidas e scismaticas.
Quem sabe?... Talvez ainda agora vivesse!... Passados tres dias, n'aquelle campo em que Claudio costumava trabalhar, uma creança brincava á sombra das oliveiras. Ao lado, uma mulher, vestida de negro, ceifava o azevem. Era Maria. Á mesma hora, em Coimbra, rodavam as carruagens a caminho do palacio dos Albuquerques. Ali, trocavam-se palavras doces em meio das paredes despidas dos seus adornos.
Para lá as arvores despidas não bolem. A vida parou. As nuvens andam a esta hora arrasto pelas encostas pedregosas dos montes. Não se ouve um grito. Tudo na natureza se concentra e sonha. Ha no emtanto um grande rio revolto que nunca cessa de correr...
Amo-te nas aguas frias do Vouga que corre melancholicamente lá em baixo por entre os salgueiros entristecidos; amo-te nas arvores despidas de folhagem destas collinas; na monotonia destas varzeas e destas lezirias, e na atmosphera tépida da cosinha do bom lavrador que olha com carinho a familia reunida em volta da lareira; amo-te, finalmente, em tudo o que, inspirando tristeza e melancholia, segreda á minha alma attribulada mil poêmas de amôr, mil recordações da minha infancia!
E, descendo o Chiado em silencio ao lado do dr. Margaride, eu pensava que, quando todo o ouro da titi fosse meu e dourasse a minha pessoa, eu poderia então conhecer uma viscondessa de Souto Santos ou de Villar-o-Velho, não na sua friza, mas na minha alcova, já cahida a grande capa branca, despidas já as sêdas côr de palha, alva só do brilho da sua nudez, e fazendo-se pequenina entre os meus braços... Ai, quando chegaria a hora, dôce entre todas, de morrer a titi?
Arvores sêcas, esguias Olham para o ceu, talvez A soluçar elegias, Carpindo a sua nudez. Cheias de fome, as manadas Sobre as campinas despidas Só róem urzes queimadas E raizes ressequidas. A fome, a doença, a morte Assentaram arraiaes Junto ao casal e á corte, Levando gente e animaes. Famintas, as alcateas Vem de noite ao povoado. Tremem de medo as aldeas, Ouvindo o lobo esfaimado...
A tristeza da manhã e a tristeza da sala augmentavam evidentemente com a presença d'esse fogão. Por muito tempo apenas o som dos passos do fidalgo despertava os eccos d'aquellas altas e despidas paredes e tectos elevados. De repente porém ouviu-se rumor á porta da entrada.
D'ali observavam, conversando umas com outras, a profusão que lá dentro ia, de coisas tão brancas, tão suaves: ¡tanta nympha! ¡umas, trajadas como para chorêas! ¡outras, despidas como para o banho! ¡e entre todas, e sobresahindo a todas, o vulto da propria deusa, tão sua conhecida, e o de Galatéa, não menos celeste, candida como ellas, e, a julgar pelo sorriso, como ellas affectuosa!
N'este labor continuado, em que o amor da terra o absorvia, havia ainda para Claudio horas de repouso e de ocio, já por simples fadiga, já porque o trabalho tinha tambem as suas pausas naturaes. Vinham então a leitura, a meditação e as longas caminhadas pelas veredas desertas, pelas cristas despidas dos montes ou pelos valles apertados, entre o arvoredo cerrado.
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