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«Sou ainda, senão necessaria, pelo menos extremamente util a todos os meus, e emquanto houver em mim um sopro da vida, hei de pensar, trabalhar, soffrer por elles!» ... «Já não tenho tempo de pensar em mim, de scismar em cousas desanimadoras, de desesperar da especie humana, de olhar para as minhas proprias dôres e para as minhas alegrias passadas e de chamar a morte.
A sua paciencia de mulher esgotou-se, recalcitrou fortemente, impugnou-o com azedume. Até que emfim a santinha arremessava a capa respondeu-lhe com ironia. que não era santa, estava bem longe de o ser, mas que a paciencia tinha limites, um grosseiro, isto fazia desesperar, que repetisse, que repetisse, e crescia para ella, a face affogueada na congestão do alcool.
Já uma manifestação de um viver mais recolhido, mais intimo, porque o peitoril tem muito menos de indiscreto do que a varanda. Algumas casas ao fundo dos jardins; jardins assombrados de acacias, tilias e magnolias e cortados de avenidas tortuosas; as portas da rua sempre fechadas. Chaminés fumegando quasi constantemente. Persianas e transparentes de fazerem desesperar curiosidades.
Perguntava eu a mim mesmo, com o coração apertado, o que devia crer-se da vida e morte de Christo, e se era certo que elle descesse do céo, como se dizia, para assombrar os justos, desesperar os peccadores, e conturbar a razão dos fracos.
Assim vivem por muito tempo os marinheiros coitados e perdidos, De fomes, de tormentas quebrantados E do esperar comprido tão cansados, Quanto a desesperar já compellidos; Corrupto já e damnado o mantimento Damnoso e mau ao fraco corpo humano, E alem d'isso nenhum contentamento, Que sequer da esperança fosse engano. A tudo se resigna o marinheiro e vae
Atravez a nuvem que passa e a estrella que scintilla e a lua que enbranquece, existe sempre uma doce esperança infinita, ethérea, incommensuravel, que nos é como que o acordar de um sonho de primavera. Esperar é desesperar diz o rifão. E entretanto todos esperam; porque a esperança é o futuro, o glorioso amanhã da humanidade que soffre. Para a mulher não existe o passado.
Mas este fingimento, Por minha dura sórte, Com falsas esperanças me convida. Não cuide o pensamento Que póde achar na morte O que não pôde achar tão longa vida. Está ja tão perdida A minha confiança, Que de desesperado, Em ver meu triste estado, Tambem da morte perco a esperança. Mas oh! que s'algum dia Desesperar pudesse, viveria.
Era facil a Fanny ausentar-se, agora que a ninguem devia contas de suas sahidas. Por isso tornamos ao antigo viver. O que eu, porém, previra realisava-se com um rigor de desesperar. Não era só o pensamento senão a vida de Fanny que estavam n'outro logar. Cada vez o sentia mais. Nossa tranquillidade, prazeres, expansões, jubilos dependiam absolutamente das cartas que o marido lhe escrevia.
Ar podiam elles obte-lo pelo espaço de dois mezes. Viveres, levavam-n'os para um anno. Mas depois?... Ao formular-se tal pergunta palpitavam até os corações mais insensiveis. Só havia um homem, um só, que não podia admittir que a situação fosse para desesperar. Um só tinha confiança, e era esse o amigo dedicado dos tristes, e tanto como elles audaz e resoluto, era o estimavel J.-T. Maston.
A peor, aquella de que eu havia chegado já a desesperar, era a que lhe tinha descoberto logo na sua chegada aqui, uma doença moral; revelava-se por uma maneira de vêr as coisas, de pensar e de proceder verdadeiramente doentia. Estou curado d'isso. Estará? eu sei!...
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