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Atualizado: 5 de junho de 2025


Esta, das que me deo, foi a primeira; Que a dar-ma o velho Alcido emfim s'abranda, Ouvindo-me cantar nesta ribeira. Ouvio-m'então, estando desta banda; E dando-ma, dizia-me: Este seja O premio, Ergasto, dessa Musa branda. LAURENO. Delio o nosso cantar pondere, e veja Qual dos dous a voz mais docemente; Que huma tal causa tal juiz deseja.

Pouco a pouco se veio descobrindo O mal d'huma esperança vãa e incerta, Que me deixou chorando, e foi-se rindo. Quem nasce sem ventura, ou quem acerta De fazer fundamento em peito alheio, De mil contas que faz nenhuma he certa. DELIO. Pois se isso entendes tu, donde te veio Sentir tão de verdade as sem-razões, Não sendo d'outra cousa o mundo cheio?

GALASIO. Eu sempre chóro, e tanto ja chorei, Vencido da grã dor que n'alma tinha, Que mil vezes de lagrimas fartei Meu gado, quando a fonte a buscar vinha. DELIO. Quando vires, Learda, o nosso Lima, Que vai de meu chôro acompanhado, Tornar com suas ágoas para cima, De seu curso esquecido, costumado; Então embora julga, então estima Que tenho n'outra parte o meu cuidado.

ALCIDO. Muda-se a idade, Delio; e se se muda Com ella a condição, nada m'espanto; O gôsto m'ajudou, ja não m'ajuda. Se ja cantei amor, se amor não canto, Culpas do tempo são, que vai mudando O meu cantar alegre em triste pranto. O tempo, que tão leve vai voando, Delio, não torna mais; e assi fugindo, Mil claros desenganos nos vai dando.

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