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Fanny sorria, encolhendo os hombros. D'este modo nos tyrannisavamos mutuamente. Um dia, quando eu lhe tirava o «corpete», uma carta grande e quadrada lhe fôra entregue quando saía de sua casa escorregou-lhe do peito e caiu aos meus pés. Levantei-a. Tinha o sêllo de Londres. Encarei Fanny, que, pallida, estendia a mão tremula a tomal-a. «Teu marido escreve-tedisse-lhe eu, entregando-lh'a.

Ella aperta devagar as fitas do chapéo, apanha uma das flôres da janella que mette no corpete, fixa um olhar lento em redor pelo quarto e pela alcova, para todo decorar e retêr e partem. Ella murmura Lucie.

Pirralho e o magreirão Lindôso, macacos-pontifices da alta critica moderna, saudaram a musa nova em rutilos artigos crivados de referencias picaras á antiga primeira actriz portugueza, na qual tudo, segundo elles, era convencional. A historia do corpete fez escandalo de morrer a rir.

E mesmo alli a grande artista mudava de trajo, envergando o famoso corpete azul, uma nudez como qualquer outra. Reduzia-se n'um cinto applicado a Bruxellas finas, e servindo nas occasiões desesperadas, desde que estava eminente o fiasco. Applicava-se no publico como um sedenho ou um caustico, no intuito de suppurar ovações.

Herodes trazia manto real e turbante musulmano, borzeguins vermelhos, corpete de velludilho azul, calções golpeados. Pendia-lhe á cinta um alfange e uma pistola; ao peito algumas condecorações. Apparencia geral, a dos prophetas nas procissões. O auto rompe com um monologo de Herodes.

A sêda poida do corpete esgarçava nos cotovellos agudos. E os seus cabellos eram immensos, d'uma dureza e espessura de juba brava, em dous tons amarellos, uns mais dourados, outros mais crestados, como a côdea de uma torta ao sahir quente do forno. Com um riso tremulo, agarrei os seus dedos compridos e frios: E o nomesinho, hein?

Comecei por guardar cuidadosamente um bocado de papel branco, em que um logista tinha embrulhado a fita escarlate para o meu corpete de velludo preto; depois cortei em bico um bocadinho de páu para fazer de penna; mas para ter tinta é que eu não sabia como havia de ser. A tinta faz nodoas, teriam desconfiado d'alguma coisa.

Quando a saia era azul com requifes encarnados, o corpete era branco, e verde o filó do chapéo. Gostava muito do vestido de velludo preto e botinas brancas. Os transeuntes paravam descaridosamente a rir, e ella passava, triste e solemne como o symbolo da desgraça n'um baile de carnaval.

Espantado, Gonçalo lançou o nome: A D. Anna Lucena! Por quê? Por que mulher assim tão formosa, e vivendo n'estes sitios, e tão conhecida da prima que lhe faz confidencias, a D. Anna. D. Maria, ageitando as duas rosas que lhe alegravam o corpete de sêda preta, sorria: Talvez seja, talvez seja... Pois estou immensamente lisongeado. Mas ainda distingo, como o Manoel Duarte.

Apertada n'elle, a grande Velledo ficava pouco menos de núa, contando bem da cinta para cima. Corpete de fatal origem e luctuosa historia! Tinha-o inventado o octogenario marquez das Berlengas, um galante da sociedade do delirio, que pelos modos se enfeitava, quando certa madrugada nos braços d'ella se sentiu esfriar como burro morto.

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