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A restea do sol de Setembro, mosqueando o taboado carunchoso do meu quarto, vinha pallida como a luz betuminosa dos infernos dantescos. A brisa da tarde nunca mais se retouçou louçã pelas corollas das boninas tremulas. Negra como a minha saudade, era negra a tunica funeraria de que a natureza se vestiu.

O céo era de um azul crystalino, a atmosphera muito limpida; e, ao meio dia, quando o sol cahia d'alto nos prados, até parece que as rôxas previncas, as flôres amarellas do trevo e as margaridas, retraíam as corollas ao peso abafadiço do calor!

Manso e manso, os seraphins de pedra unem as mãos, batendo as asas de jubilo, com os seus typos frustes de creanças, em cujas cabelleiras se accende um oiro fosco d'aureolas; e das partidas lyras arrancam, com os seus dedos, vagos preludios de um mysticismo fluido, vaporoso, que embriaga d'extase, e em equivalencia approximarieis dos mais recatados perfumes de jasmim e de nardo, violeta e rosa branca, vaporizando-se de corollas abertas no claro-escuro d'um claustro, e que á noite espargissem suggestões de bemaventurança, na cella virginal d'uma noviça.

São tão lindas, as borboletas! Quem as , que não lhes queira? ahi vagabundando pelo azul dos campos, razando as corollas frescas, amando-se, beijando-se, libertas da larva abjecta, como almas de amantes despidas da miseria terreal, a viajarem no infinito... São tão lindas, as borboletas!...

As plantas bebem-n'a, as flores abrem-se tontas e escondem gotas nas corollas; vêm-se crescer as pequeninas folhas verdes como se inchassem e os gommos tingidos de resina estalam, abrem, com um ruido suffocado ah!... Tudo fica baço a principio, a terra molhada é d'um negro gordo; um fremito corre nas folhas tenras... Depois, como um veo que se rompe, o sol começa de novo a correr.

Intima força propelle-me a esta communicação silenciosa dos nossos dois espiritos, o meu ainda novo, porém prestes a declinar para as florescencias da edade madura e o teu velado ainda á vida do espirito, aos sentimentos santos, pequenino botão de bogary transcendental, que nem sequer pensa em desabotoar as cerradas corollas aos largos folguedos d'uma existencia feliz!

Agora a fauna. Pelo espaço, negrejam bandos de corvos, os karasu, escarninhos, voando e rindo ás gargalhadas. Enormes borboletas pretas, nunca vistas, sugam as corollas. De dia, de noite, é incessante o ruido das cigarras, dos grilos, de outros bichos. Noites ha, pelo estio, junto ás ribeiras, em que uma chuva de fogo, de pyrilampos aos myriades, motiva festas ruidosas.

Os raios do sol afagam de luz dourada as avezinhas, que saltam nas gaiolas, e beijam as corollas das flores, cujos variados matizes sobresaem, marchetando os bellos ramos, que enfeitam as antigas jarras japonezas em cima do marmore dos tremós. O gato valido dormita enrolado sobre o seu coxim de . A agulha continúa esquecida, picando a tela na folha começada mezes antes no bastidor.

ao longo dos muros espreitam, por entre as pedras, as violetas silvestres; e o solo vae vicejar de musgos, fetos, de relvas, de bambus e de humildes gramineas; e matizar-se de brancos, de azues, de amarellos, de escarlates, de roxos, de mil côres, de mil flores sem nome, apenas conhecidas dos insectos, que são botanicos emeritos e sabem de cór e salteado onde as corollas lhes offerecem os manjares mais capitosos.

Palavra Do Dia

lodam

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