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E asy mandamos aos nosos corregedores das dittas Comarquas, e a todollos outros oficiãees e pesoas a que esta carta for mostrada e o conhecimento della pertencer, que a guardem e cumpraõ como se nella contem, porque asy he nosa vontade e merce sem outro embargo que uns e outros a ello ponham, e os dittos nosos comtadores e cada um em sua comarqua fará registar esta nosa carta em o Livro do Tombo della pera se por elle a todo tenpo saber como e em que maneira esto asy temos dado á ditta Infamte minha Irmaã.

De que hos Castelhanos movidos primeiramente por sua crueza e depois por sua vinguança nos luguares e couzas semilhantes que pera exercitar sua sanha se lhes offereciam ho nom faziam menos porque na Comarqua, e frõtaria de Riba Dodiana alguus Capitaens, e senhores de Castella, dos quaes era D. Affonso Pires de Gusmam se ajuntaram nom pera dar batalha ha ElRei D. Diniz, mas pera entrar, como entraram em Portugual, onde entraram com muitas gentes Dandaluzia, e da sua frontaria, da quaal entrada mataram, e cativaram de Portugual muitos homens, e molheres, seem alguua piedade, e levaram grandes roubos da teerra.

E sendo jáa todos juntos no estremo da Comarqua da Beira pera entrar em Castella, veo ha ElRei D. Diniz ha Ifante Dona Margarida, molher que fora do Ifante D. Pedro, e com ella D. Sancho de Ledesma seu filho, e por descontentamentos, que tinha delRei D. Fernando pedio ha ElRei D. Diniz por mercee, que ho recebesse por vassallo, do que ha ElRei aprouve, e lhe poz loguo grande contia de dinheiro em seu ordenado, e lhe mandou que loguo se aparelhasse pera entrar com elle em seu serviço, e porque ho dito D. Sancho, que sóomente viera pera receber muito dinheiro que levou, ou por lhe cometerem outros partidos em que mais consentio elle, nom tornou ha servir ElRei D. Diníz, e com seu dinheiro se foi pera ElRei D. Fernando ho quaal como soube que ElRei tinha todas suas gentes percebidas pera entrar em Castella mandou logo perceber em Sevilha suas gualees, e frota que de guerra vieram aa costa de Portugal, e entraram no porto de Restelo, mea legua de Lixboa, onde tomaram naaos de Portugal carreguadas de mercadorias, e has levaram.

Pello que ElRei D. Diniz no anno de mil duzentos noventa e nove annos ajuntou suas gentes, e mandou loguo cerquar Arronhes, e Marvam, e ha elle Ifante seu irmaõ, cerquou em Portalegre, e porque ha este tempo Castella Davide, que era tambem do Ifante, era termo de Marvam, e Luguar entam mais cham que forte, por esso se nom cerquou, e durando este cerquo, em que de huma parte, e da outra, em ambos hos Regnos se fez danos asaas, entrevieram ha concerto delRei, e do Ifante ambos irmaaõs, hos Perlados, e Senhores principaes do Regno, e sobre todos ha Rainha D. Isabel, por cujo virtuoso meio ho Ifante D. Affonso entreguou has Villas, e Castellos ha Aires Cabral, que hos teve em fieldade, e com menagem atée que por elles deram aho dito Ifante has Villas de Sintra, e Dourem, com outros Luguares chãos na Comarqua de Lixboa, e antre has outras muitas, e mui singulares virtudes, que ouve na Rainha Dona Isabel em quanto viveo, foi procurar sempre paaz, e amizade de que se ella prezou muito, porque assi ho fazia antre ElRei, e seus vassallos, de que tirava todolos dias, e escandalos, e assi antre outro quaesquer particulares do Regno, e se por bem das semelhantes concordias compria pagua de dinheiro pera emenda dalgumas perdas, e danos ha que has partes por algum caso nom podiam comprir, ella porque amizade se nom desfezesse, de seu proprio tesouro has mandava, de maneira, que has certas bolsas de seu dinheiro nunqua foraõ arquas, nem cofres, mas hos ventres, vestidos, e necessidades dos pobres, e cousas piedosas, em que todo lançava, e alli tudo lhe crecia.

Com esta reposta do Ifante em que pareceo que elle se cerrava pera prefeitamente se nom saber ha verdade do cazo, que desejava, ElRei pera tirar de si sospeiçoens, e escrupulos da vontade, antes de tudo ouve por beem denviar, como enviou, por messageiro avizado com sua carta de rogo ahos do Concelho de Maguazella, encomendandolhes, que do cazo que nos estromemos era particularmente apontado, lhe mandassem dizer ha verdade, e que viesse por todos beem autorizada, hos quaaes juntos todos em seu consistorio maravilhados primeiramente de taal novidade, responderamlhe sustancialmente, que todalas couzas conteudas nos dictos estromentos nem soomente huma nom fora, nem era verdade, porque naquella Villa nom avia, nem nunca ouvera taaes homens, que fossem justiças, nem Tabalians, nem taaes vaqueiros, nem memoria de taal feito, como aquelle acontecesse em Maguazella, nem em seu termo, nem em toda aquella Comarqua, sobre que fizeram grandes deligencias de que enviaram ha ElRei D. Diniz suas certidoens asinadas por todos, e aseladas com ho selo do Concelho.

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