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Diniz aquelle homem; homem que elle desejava, que elle cuidava detestar, mas por quem, no fundo d'alma, lhe clamava uma voz mystica e íntima, uma voz que lhe dizia: 'Assim será tudo, mas tu não pódes abhorrecer esse homem. Sim, mas sôbre Fr. Diniz pesava uma accusação tremenda, que o fizera, a elle Carlos, abandonar a casa de seus paes!
Assim fallava o orgulho do espirito; o coração, porém, patrocinando o anjo puro, a quem similhantes conjecturas injuriavam, tinha arrebatamentos de tão sentida queixa, ou clamava com tamanha ternura á consciencia incorrupta do mancebo, que, mais de uma vez, o amor saiu victorioso, e o projecto de pedir a baixa readquiriu novos estimulos. E os sonhos de gloria?
E, finalmente, rematando a carta, dizia: Quem sabe se eu tornarei a ve-los, meu querido pae, e minha santa mãe?... Tenho presagios terriveis.... Era para muita pena vêr os dois velhos, cada um a seu lado, com o rosto entre as mãos, arrancando soluços e exclamações, que ninguem consolava! Que mal fizemos nós a Deus! clamava Francisco. Não fui eu sempre bom filho, bom marido, e bom pae?
Ao pé da imagem de minha irmã, que no somno e na vigilia me apparecia, começaste tu a tomar vulto, a crescer, de modo que eu fiquei preso entre vós ambas, porque se o sangue d'uma clamava vingança, o sacrificio d'outra me proporcionava vingar-me. E uma noite, no breve repousar do acampamento, sonhei que minha irmã me viera falar e me dissera que tu eras boa, e leal, e pura. Então beijei-te.
Prometia, sim senhor! prometia! Se fossem todos assim... Caramba! que estoiro! Pum! P'ra que saibam! clamava o António Fagote. E então isto? e punha-se a girar de volta com o braço o que é fogo do chão? Mas tinha-se visto em calças pardas para que o homem não faltasse. Complicações! Pelos modos tinham-no convidado para outra festa, com mais bagalhoça, está claro. O caso tinha estado sério!
E depois, clamava ainda o meu amigo, o Pessimismo é excellente para os Inertes, por que lhes attenua o desgracioso delicto da Inercia. Se toda a meta é um monte de Dor, onde a alma vae esbarrar, para que marchar para a meta, atravez dos embaraços do mundo?
A imprensa democratica clamava altisonante que se a Revolução ainda se não tinha feito não era porque «o terreno fosse safaro, ou porque as vozes republicanas não encontrassem echo, mas apenas por motivos de ordem secundaria», que não cabiam ao momento discutir. «Comtudo estava provado que a realeza perdera o prestigio, que a dynastia de Bragança alienara todas as sympathias, que as instituições tinham cahido no descredito e que, por conseguinte, o povo desejava vida nova». E perguntava-se: «O que devemos á dynastia?
«Entendimento bronco», tomando com adoravel candura por aspereza a fortaleza ingenita, «lançado em seculo fundido na servidão atraviada de goso, cria que Deus era Deus e os homens livres» . Aos infieis clamava, para os defender de perdição, que «entrassem no templo e não temessem aquelle Deus que os labios negam e o coração confessa» ; «não escarnecessem do que em Deus confiou» . Ahi se isentavam da morte, porque «o justo, chegando á meta extrema que nos separa da eternidade, transpõe-na sem temor e exulta em Deus» .
Palavra Do Dia
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