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Atualizado: 14 de junho de 2025
Lembrava saudoso a infancia em que, fugindo á escola de primeiras lettras, saltava paredes á cata de ninhos, de gafanhotos, de cigarras; revolvia os restolhos á procura de grillos, que levava no lenço para casa, para os ter a cantar dentro de um copo. Puzera termo a essas esturdias a preoccupação absorvente de Maria.
A um lado tinhamos, para limpar os dedos, um bôlo de farinha branco, fino e molle como um pano de linho; do outro um prato largo, com cercadura de perolas, onde negrejava entre ramos de salsa um montão de cigarras fritas; no chão jarros com agua de rosa.
O portico viçoso, estrellado de jasmins, que bordava de sombras graciosas o vestido branco de Amalia, quando, abrigados ali n'um meio dia de verão, escutavamos as cigarras emboscadas, ha-de por força com a sua fragrancia falar-me d'ella, e avivar-me no espirito um cardume de sensações lyricas ineffaveis.
Os campos n'esses meados de junho, tinham primeiros doirados do trigo maduro, ondulante e farto, que a aura por zonas encama n'uma saudação graciosa; por um lado e outro, entre gavelas arrepeladas sem ordem, remoinhos desflorados de messe, como labios de rapariga ardente, ria o escarlate das papoulas; e como aos sóes da quadra tinham vindo as cigarras, ruido de cega-rega, trocavam alertas d'arvore em arvore, á medida que ia avançando o verão.
O cégo já havia partido levado pelo menino. As cigarras cantavam vesperas. José empunhou o cajado: Maria deixou o leito agreste, e seguiram. As ultimas chammas do sol apagavam-se no occaso e a nevoa polvilhava os ares como uma cinza. Monstruosos penhascos, talhados a pique á beira de precipicios, avultavam temerosamente na sombra. Palmeiras debruçavam-se sobre as rampas.
Agora a fauna. Pelo espaço, negrejam bandos de corvos, os karasu, escarninhos, voando e rindo ás gargalhadas. Enormes borboletas pretas, nunca vistas, sugam as corollas. De dia, de noite, é incessante o ruido das cigarras, dos grilos, de outros bichos. Noites ha, pelo estio, junto ás ribeiras, em que uma chuva de fogo, de pyrilampos aos myriades, motiva festas ruidosas.
Sahi do pinhal, entrei na estrada que conduz á Foz, retrocedi, através d'uma charneca, e entrei outra vez no pinhal de modo que o ruido dos meus passos se perdesse na grilharia dos grillos e cigarras. A mulher da casa amarella estava outra vez olhando para o occidente, com a face encostada á palma da mão. D'ahi a pouco escureceu de modo que eu podia pouco avistal-a.
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