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Atualizado: 3 de maio de 2025
Mas, como eu dizia, puzemo-nos a falar, e eu estava-lhe dizendo que o povo o vingaria da affronta que lhe fizera o conselheiro, porque ia dar a este um cheque de que elle se havia de lembrar toda a vida; quando o Vicente, que me ouvia de dentro, chamou-me e mandou-me entrar. Foi então que eu o vi... Parecia-me outro!... Imaginem vossês, outro tanto de magro e outro tanto de velho... Mettia dó!
Lentamente, creio, comecei pensando em cousas alheias aos interesses da minha dôr: lembrava-me a fórma d'um vestido que eu tinha desenhado para a Aline. Por fim ergui-me, passeei muito tempo no quarto, o movimento chamou-me á consciencia e á verdade das minhas afflicções. Arranquei a folha d'uma carteira, e escrevi a lapis tumultuosamente: «Tem rasão, tem rasão.
Tu não sabes onde a desgraça é capaz de me levar... A sociedade fez-me assim... Se perdi muito dinheiro, perdi o que era meu; não roubei nada a ninguem; e a sociedade infame despresou-me, chamou-me homem perdido, e cuspiu-me na cara, porque eu empobreci... Vi-me abandonado, e tornei-me criminoso... Estou cumplice n'um roubo, e, se dentro de tres dias, não dér um conto de reis, sou prêso, e degradado, ou pendurado n'uma forca.
Minha mãi chamou-me de parte, e aconselhou-me que annuisse; na certeza de que, no espaço de dous annos, se eu não esquecesse Maria do Resgate, ella conseguiria o consentimento de meu pai. Cedi forçado pela extrema necessidade. Maria, tão confiada em mim quanto eu confiava no meu proprio coração, accedeu na ausencia dos dous annos.
Depois, cumprida esta obra de justiça philosophica, corria a Paris, ás mulherinhas! O bom frade, risonho na sua barba de neve, bateu-me no hombro, chamou-me seu filho, lembrou-me que se fechava o Santo Horto e que lhe seria grata a minha esmola... Dei-lhe uma placa: e recolhi regalado a Jerusalem, devagar, pelo valle de Josaphat, cantarolando um fado meigo.
Hontem fui procurado por Alvaro de Sousa, que uma vez encontrei em casa de v. exc.ª Impressionou-me um ente estranho, no meu quarto, fechado para todo o mundo. Chamou-me «amigo» e esta palavra banal fez-me sorrir, pronunciada por um homem, que eu apenas conhecia, e que tão distante está da minha obscura classe!...
Aqui é que foi o benzer-se e tregeitar de mulher sábia em agouros e feitiços. Quiz-me convencer de que tudo aquillo eram artimanhas da bruxa; e saltou-me ao pescoço para vêr se eu tinha a figa de azeviche. Não a encontrando, chamou-me herege, e não me deixou sem eu pendurar o bento guizo no pescoço.
Quiz retirar-me, e meu irmão chamou-me para me apresentar, pela primeira vez na sua vida, um homem. «Este homem chama-se Vasco de Seabra. «Não sei se por orgulho, se por acaso, meu irmão chamou a conversa ao campo da litteratura. Fallava-se em romances, em dramas, em estilos, em escólas, e não sei que outros mais assumptos ligeiros e graciosos que me captivaram o coração e a cabeça.
Este processo da moralidade pelo fedor não deixa de ser convincente. Disse isto uma vez ao Gonçallinho. E elle, muito despeitado, chamou-me barbaro. No dia seguinte, quando recolhemos para jantar, soubemos pelo Leotte, que tinha ficado de atalaia, tudo o que se passára com relação á chegada dos dois novos hospedes o brazileiro e a mulher.
E, quando a ouvia suspirar, lembrava-me dos figos. Se ella soubesse...! Quando o jantar acabou, o tio Bernardo chamou-me e disse-me: Ouve cá. Tu tens uma cara seria e o teu mestre, que deve ser n'isso entendido, diz que aqui dentro tens mais alguma coisa do que os outros. E batia-me com os nós dos dedos na cabeça. Eu estava radiante de alegria.
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