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No fundo do teu Ser, que sabias leis dirigem, Rompia ainda incerta, envolta em serração, Tua alma, cuja luz transporta o mundo á origem Do Bello, Justo e Bom, do Amor e da Rasão!... Que seculos sem fim primeiro que desvendes, Dos vinculos da carne, esse fanal divino!... Que lugubres visões!... Que espectros!... Que duendes!... Que espiritos do mal, turvavam teu destino!...

Que a ella me una em fim na terra fria, E te ache ó paz! nas santas florescencias! *Ubique doemon* Bem sei... e mais que o sei, claro luar! Que segundo a severa theologia, Pelas noutes sonoras de poesia O aroma dos lyrios faz peccar! Quem vos diría!... madresilvas, mar, Lilazes, claros rios, cotovia! Que ao dizer da tirannica theoria, Vós farieis a Carne triumphar! Ah!

Decorreram três horas, em que apenas se lhe depararam pequenos carnívoros, de carne repugnante; e a fome começava a atormentar vivamente o estômago do caçador, quando apareceu um bando de cervas, guiado por um belo alce, macho. Era caça grossa e perigosa, mas tanto mais tentadora, quanto os cornos do alce proporcionariam quanto era preciso, para pontas de lança, de arpões e de zagaias.

De norte a sul e de oriente a ocidente, um frémito de terrôr galvanisou a carne entorpecida do heroi, que ia morrer que inexoravelmente ia morrer.

Pareceu-lhe estranho o caso; e ia um bello dia notar-lhe o disparate, quando a moça lhe fez uma pergunta, por onde avaliou a chimera amorosa com que ella ia embalando o pensamento. «Repare, senhor meu pae: não no espelho a minha mãe?...» O que o velho via claramente, era a imagem da filha, que alli tinha junto de si em carne e osso, e que carne! e que osso! palpitante de vida e gentileza... mas julgou mais prudente conserval-a sob o prestigio da illusão; e, franzindo muito o rosto, de rude pergaminho, sem que se percebesse se ria ou se chorava, ou se ria e chorava ao mesmo tempo, fez côro com ella, assegurando que sim, que via a santa mãe, e tam bella, e tam fresca, como no dia do noivado...

Viatico dos que morrem na graça, compadecei-vos de nós. Penhor da futura Gloria, compadecei-vos de nós. Sede-nos propicio, onvi-nos Senhor. De recebermos indignos o vosso Corpo Santissimo livrai-nos Senhor. Da concupiscencia da carne, livrai-nos Senhor. Da concupiscencia dos olhos, livrai-nos Senhor. De toda a soberba, livrai-nos Senhor. De todo o mal, livrai-nos Senhor.

O nosso heroe, descuidado e alegre, continuou a andar, raciocinando: Fazendo bem as contas, eu ainda ganho com a troca: a carne do pato é muito saborosa e com as pennas faço uma almofada. Depois de haver transposto a derradeira localidade antes de chegar á sua aldeia natal, notou um amolador parado com a sua roda que fazia girar cantando.

Ia-a assim lentamente desgostando do parocho. Mas não a desgostava do amor legitimo, purificado pelo sacramento; conhecia bem que ella era toda de carne e de desejos, e que lançal-a violentamente no mysticismo seria apenas torcer-lhe um momento o instincto natural e não crear-lhe uma paz duradoura.

Talvez, nas suas horas de tédio, o recorde e até careça d'elle, como se recorda e se carece, em determinados momentos, de uma historia interessante ou de um fragmento de poema; mas, durante os parentesis da realidade, que são os maiores da vida, precisamos todos, e ella tambem, coisa mais substanciosa e mais pratica: o gastrónomo, carne fresca e appetitosa que desfaça nos dentes; e o amante, carne mais fresca e mais appetitosa que lhe palpite nos braços!

Natureza, pois, se és criminosa, E nos levam ao mal urnas da rosa, Bom coração de Christo imaculado!... Quantos não vês morrer, do ceu prufundo, Cheios de sangue, como heroes no mundo, Exhautos dos mil golpes do Peccado!? *O Peccado* Elle é antigo, tragico e venal, Amando a Carne, o Crime e os assassinos, E como a folha acerba d'um punhal,

Palavra Do Dia

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