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Estendendo os olhos ao meu futuro, não vejo senão uma esperança, senão um lenitivo unico no prazer de morrer em tormentos, que eu abençoarei como os maiores beneficios do ceu, de morrer de fome, de desprezo, de miseria, prostrada no fundo de uma enxovia, no porão de um navio, ou abandonada em uma praia da Africa, abrazada pelo sol, sobre as areias ardentes, roida pelo cancro, devorada pela sede e pela febre.

Um dia cantarei a ladainha da Desgraça e da Forma triumphante, da Espada que tilinta na bainha, da Mascara que ri e passa avante, da Fome que ergue as mãos e se definha, do Leque, da Batina, e do Brilhante das lagrimas mortaes do eterno Entrudo, das miserias do Cancro e do Velludo.

Fechando os olhos, estendeu os braços em busca dum apoio, e encontrou a mão trémula, o sorriso alegre na sua bôca desdentada, e a face macerada da freira, que para ella teria carinhos inegualaveis. Bem sentia ella o cancro brutal, que a ia corroendo lentamente, mas nada dizia para não afligir a sobrinha.

E é esse cancro que eu quero conhecer, para extirpal-o, se ainda fôr possivel. Eu estou pasmado! Pelo que ouço, acha o menino que todas essas fornadas de leis, que esta gente tem feito, são muito boas e que a sua casa devia ser muito bem servida com ellas? Essas leis de que se queixa, são racionaes; uma casa racionalmente administrada não póde pois perder com ellas. Sim, senhor!

Virtude, amor, crime, deboche Promiscuamente a fermentar! Mimi Pinson e Rigolboche! Cain e Abel! estrume e luar! Oh, bulimia tenebrosa! Monstruosidade apocalyptica Tudo te serve: ou cancro ou rosa, Ou flôr doirada ou flôr syphlitica. Anjos que vem do paraiso, Candura etherea e perfumada, Feitos d'um beijo e d'um sorriso, N'algum jardim, de madrugada.

Mas nos últimos três mêses a doença agravara-se caminhando rapidamente para o fim. O cancro rebentara, vermelho, luzidio, enorme, deformando horrivelmente o pequenino seio esteril, branco como o marfim esse seio que guardara com tanto recato durante sessenta anos e se mostrava agora na sua infermidade horrivel.

Desváira as corrompídas gerações, E, derrancando odios pelas terras, Lança os povos nas bruscas sedições: Fomenta e acende as guerras! Cancro que é o Mal, é o vicio, é o odio, é o fel, Fervendo sob o disco azul dos céus...

Temos visto cair de anno para anno, um a um, os mais antigos habitués de S. Carlos. Por que não começaremos pelas testas coroadas? O seu dilettantismo é tão humano como o dos outros habitués. Primeiro el-rei D. Fernando, um espectador certo, mesmo quando a voracidade lethifera de um cancro lhe ia roendo a face.

«Alegrou-me a nova da ausencia de Palmyra de Lisboa. O dragão do ciume desencravou-me as garras do peito. Que estupida alegria! A suspensão da perfidia que importava ao desaggravo do meu orgulho? Quão lastimaveis e ridiculos somos, se uma vez perdemos o norte da legitima, da decente probidade! Nenhum liame da moral resiste ao cancro do coração.

Exprimem perfeitamente, numa cruel amargura, o desalento completo da orgulhosa Razão em face dos sofrimentos da mísera Humanidade. São os homens da Desordem vencidos perante a Dôr. Pois bem, Seminaristas! Nós, os filhos da Ordem, os homens brandos da Paz, somos chamados a derramar nesse cancro universal a luz divina da esperança.