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A natureza brindou-o com as suas urnas aromaticas: eram tudo tapetes e doceis de flores a festejal-o; as calhandras e os rouxinoes desgarravam-se em cantilenas quando o velho passava com as sobrinhas pelos braços; até o Lima, recobrando a primitiva magîa de dar o esquecimento a quem o transpunha, parecia ter matado no sexagenario saudades, e renascido esperanças em novo começar de vida.

Das moitas e sebes, calhandras em bandos levantavam-se repentinamente, em voo perpendicular, e cortavam ares fora, chilreantes e alegres, até se perderem de vista por detrás dos arvoredos e cabeços. De cauda em riste e orelhas imóveis, o rafeiro espreitava as ervagens secas, onde algum réptil passasse vagaroso. Busca, Turco! fazia-lhe o Gonçalo que tinha medo

E ela sempre ufana, acompanhava o macho nos seus voos ainda os mais arrojados, perdia-se com ele para além das serranias mais distantes, destemida com a companhia que levava um amigo que empenharia a vida para salvar a da amante. E que bela manhã, aquela! Tudo tão alegre! Era ver como as calhandras acordavam contentes, e se atiravam ares além no seu voo perpendicular e rápido!

Se escaparmos aos castelhanos do Crato, não quero que acabemos nas garras dos trasgos e diabretes de Tancos. Sr. Antonio Rodrigues, faz favor! Mande trazer para aqui o meu alforge, que ficou na sala de entrada. Sr. Eu tambem gosto de dar o meu tiro de manhã cedo ás perdizes e ás calhandras por essa charneca.

Arrumou a carta, re-abriu o seu Antonio Ferreira, e leu no soneto XXXIII: Eu vi em vossos olhos novo lume, Qu'apartando dos meus a nevoa escura. Viram outra escondida fermosura, Fóra da sorte e do geral costume... Deitou-se por deshoras, e dormitou sobresaltado. Ante-manhã espertou com as alvoradas de uns pintassilgos e calhandras, que lhe cantavam amorosamente na alma.

As calhandras e os pintasilgos trilavam os seus requebros ás margens do rio Pele. As rãs coaxavam nas pôças, e as auras ciciavam na ramaria dos álamos. Era uma tarde de tirar amores do olho de uma couve lombarda. Passeavam silenciosos, quando ao longe, no pinhal do mosteiro, cantou um cuco. Olhe o cuquinho a cantar! disse ella com meiguice. Gosta de ouvir o cuco, sr.^a D. Tecla? perguntou o cego.

N'este anno, porém, ahi por maio, quando as arvores florejam, e as calhandras trilam, e nas quebradas dos montes hervecidos ornejam as poesias lyricas da preceptora de Balaam, achou-se Victor Hugo José Alves invadido d'amor. Se não amaria! Era maio portuguez, sasão de paraizo terreal, em que a todos nos quer parecer que o matrimonio foi inventado pelos cardeaes na primavera.

Caminhava depressa, batendo com o bordão nas pedras, querendo chegar a casa antes do anoitecer. Faltava-lhe ainda quasi uma legua, quando o sol se escondeu. As calhandras tinham erguido o vôo e trinavam doidamente, muito alto, constantes no mesmo logar, batendo muito as azas. Chegou a uma encruzilhada e parou. Parecia estar em duvida sobre o caminho que havia de tomar.

No estio vão deitar-se pelos trigos, De bandulhos pró ar, a meditar Nas velhas aventuras, ao luar, Dos tempos da bizárra mocidade, De que inda têm uns restos de saudade... Rastêjam pela terra as salamandras; Chilreiam delambidas as calhandras, Picando por alí o loiro grão... Que pacífica, ideal consolação A existencia dêles descuidada: Pedir, rezar, comer, dormir... Mais nada.

Palavra Do Dia

rivington

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