Vietnam or Thailand ? Vote for the TOP Country of the Week !
Atualizado: 19 de outubro de 2025
E como nesse carreiro de precatados cada um fazia por ir de mais escondido, sucedeu que como sombras se pechavam entre as sombras das reboleiras, sem atinar co’a salamanca, ou sem topete para, na escuridão, quebrar aquele silêncio, chamando o santão, num grito alto... No entanto, Blau começou a ser tratado de longe, como um chimarrão rabioso...
Blau Nunes também não quis mais ver; traçou sobre o seu peito uma cruz larga, de defesa, na testa do seu cavalo outra, e deu de rédea e despacito foi baixando a encosta do serro, com o coração aliviado e retinindo como se dentro dele cantasse o passarinho verde...
O silêncio que então se desdobrou era como o vôo parado das corujas: metia medo... Blau Nunes foi andando. Entrou na boca da toca apenas aí clareada e isso pouco, por causa da ramaria que se cruzava nela; p’ra o fundo era tudo escuro... Andou mais, num corredor dumas braças: mais, ainda; sete corredores ancião deste. Blau Nunes foi andando.
A luz ia na mesma, cor da de vaga-lume, esverdeada e amarela... Blau Nunes foi andando. Agora era um lançante e ao fim dele parou num redondel topetado de ossamentas de criaturas.
Depois desses três dias de prova, Blau acreditou na onça encantada. Arrendou um campo e comprou o gado, p’ra mais de dez mil cabeças, aquerenciando. O negócio era muito acima de três mil onças, a pagar no recebimento. Aí o coitado perdeu quase o dia inteiro a gargantear a guaiaca e a aparar onça a onça, uma atrás da outra, sempre uma a uma!...
E Blau, as frontes latejando, a boca cerrada, num aperto que lhe fazia doer o carrinho, piscando os olhos, a respiração atropelada, todo ele numa desconfiança, Blau, por debaixo do seu balandrau remendado começou a gargantear a guaiaca... e caiu uma onça... e outra... e outra!... As quatro, que por agora eram tão de jeito!...
Blau por debaixo do seu balandrau remendado, ainda desconfiado, começou a gargantear a guaiaca... e foi logo aparando onça por onça, uma, três, seis, dez, dezoito, vinte e cinco, quarenta, quarenta e cinco!... O vendedor, estranhando aquela novidade e demora, não se conteve e disse:
E assim, por esse teor, as cousas corriam-lhe mal; e pensando nelas o gaúcho pobre, Blau, de nome, ia, ao tranquito, campeiando, sem topar co’o boi barroso. De repente, na volta duma reboleira, bem na beirada dum boqueirão, sofrenou o tostado...: ali em frente, quieto e manso, estava um vulto, de face tristinha e mui branca. Aquele vulto de face branca... aquela face tristonha!...
Blau nem se moveu; e, carpindo dentro em si a própria rudeza, pensou no queria dizer e não podia e que era assim:
E meteu o peito por entre o espinheiro, sentiu o corte delas, o fino das pontas, o redondo dos copos... mas passou, sem nem olhar aos lados, num entono, escutando porém choros e gemidos dos peleadores. Mãos mais leves bateram-lhe no ombro, como carinhosas e satisfeitas. Outro mais ruído nenhum ouvia ele no ar quieto da furna que o rangido do cabrestilhos das suas esporas. Blau Nunes foi andando.
Palavra Do Dia
Outros Procurando