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Atualizado: 29 de junho de 2025
«E, d'aqui até que lhe aconteceu a desventura que vos contarei, se passaram tempos e outras infindas cousas; porque os paços de Lamentor acabaram-se, e pelo apartamento do lugar onde êles estavam, Aonia e a ama, com outras mulheres de casa, iam passar tempo á ribeira d'este rio, onde Bimnarder sempre andava.
Emfim ha dois schemas de paixão amorosa que se não confundem: o de Joanna e Fauno, Aonia e Bimnarder, e o de Maria e Crisfal. São duas almas, sentindo em situações differentes.
«Não passou muito que, por aquele lugar, não viesse um dos servidores de Lamentor, que atravessava para o castelo. «Quando Bimnarder soube d'êle que Lamentor tinha ordenado fazer ali uns paços grandes, e morar n'êles toda a sua vida, algum repouso mais deu isto a Bimnarder; que, d'antes, a pouca certeza que tinha da estada de Aonia n'aquela terra lhe dava grande fadiga ao pensamento.
De como Bimnarder, estando na fresta de Aonia, adormeceu, e se lhe foram, por sonho, os pès, e caiu «Deixou-se Bimnarder ficar á fresta, e ali esteve até pela manhan, que tam ocupado lhe ficou o pensamento d'aquelas palavras que lhe Aonia dissera, em se indo, e da maneira como lh'as dissera, que uma cousa e outra não lhe dava a mais vagar, nem tam só para se lembrar de fugir ao tempo.
«Tornada éla onde Aonia estava, lhe contou tudo, cousa por cousa, que não ficou nada por contar.» De como, estando da queda Bimnarder muito doente, Aonia buscou maneira por onde o fosse visitar «Veio assim, por acerto, que perto d'ali havia uma ermida de uma santa de grande romagem, e era então, no outro dia, a vespera do seu dia; e a ama e as mulheres de casa ordenaram ir lá.
«Vêdes aqui como se namorou esta donzela de Bimnarder, que pareceu cousa feita de acinte; porque ambos se começaram a querer-bem sob uma sombra de piedade; e como haviam de acabar ambos de uma mesma maneira, começaram assim tambem, ambos de dous, de uma! «Aonia, logo que se determinou consigo, não pôde mais descansar.
«De maneira que todo aquele dia, não teve outro tempo mas logo, n'aquelas palavras que lhe o pastor dissera, entendeu que eram para que tambem olhasse de noite para êle. E, com esta esperança que se deu a si mesma, passou aquele dia, que tambem Bimnarder passou com sua esperança, que tomou d'aquela palavra derradeira que lhe éla falou, com os olhos mais que com outra cousa!
«E estas palavras lhe disse já fora da porta. «E com ellas, e com o que sentiu ao dizer d'ellas, duas e duas, lhe começaram as lagrimas a correr dos seus fermosos olhos, e, pelas suas faces fermosas abaixo, lhe iam fazendo carreiras por onde iam, que Bimnarder a tanto pranto convidou quanta era a rezão d'elle, pois perdia a vista.
«E veio aquele outro dia; e, como Bimnarder não guardasse outro gado, ainda bem não era manhan, já êle andava pela ribeira d'este rio; e viu vir muita gente a cavalo, e passar a ponte dirigindo-se para os paços de Lamentor. «Mas não teve então a quem preguntar o que seria aquilo.
De como Bimnarder, pela fresta do aposento de Aonia, lhe falou «Como aconteceu a Bimnarder que, vindo a noite, pondo-se á fresta, como as passadas fizera, sentiu-as deitar, e, d'ahi a um grande pedaço, já quando estava desesperado, ouviu pela casa andar de mansinho, e pôrem alguma cousa contra a fresta. «Aonia levantou o pano, e, com o escuro que fazia, não viu ninguem.
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