United States or Uzbekistan ? Vote for the TOP Country of the Week !


Teve farpões de escárneo ao responder-me: A Arte!... A Arte é a expressão da Vida. São os homens que o dizem, não é assim? Ora se êles não vivem, se não vivem, se parodiam a Vida a cada instante, se fogem mais e mais da grande Vida, a Arte é uma paródia de paródia, um espectro de espectro... miserável! Querem com tintas imitar o céu, e transcrevê-lo em lonas, em madeiras!... O céu bebe-se aos haustos, com os olhos; olha-se por olhar, sem intenção; recebe-se nas pupilas extasiadas, que se alargam mais com sêde dêle...

A geropiga bebe-se, engole-se, escorrupicha-se; mas não se seringa jámais. Que o saiba a Inglaterra. A não ser na perfida Albion, em parte alguma do velho e novo mundo o vinho do Porto incutiu suspeitas de penetrar nas entranhas humanas por um impulso ascensional, com intenções dissolventes ou refrigerantes.

Em cada uma d'estas estações chove de todas as partes a saraivada dos confeitos; bebe-se á saúde dos «bem empregados» e «de quem d'ahi a nove mezes ha-de vir.» O jantar d'este dia é copioso e demorado, com tantos convivas quantos admitte a sala; e as portas abertas; e os copos e as boas vontades prestes para quem se quizer apresentar.

Quando comecáram a tomar chá os japonezes, era este reduzido a um impalpavel e com elle se fazia a beberagem; depois veio o uso de empregar as folhas, apenas escolhidas e passadas pelos fornos; e é esta, ainda hoje, a maneira mais commum de preparal-o. No Japäo, toda a gente toma chá, ricos e pobres, nobres e plebeus: bebe-se na occasiäo das refeiçöes e a toda a hora, a pequeninos golos.

Se um d'esses homens for poeta... e quem ha que o não seja depois do baptismo da sombra d'estes salgueiraes, do perfume d'estes campos, do crystallino d'este ambiente, da doçura d'estas aguas, da verdura d'estes montes, da fresquidão d'estas brizas? aqui a poesia bebe-se pelos olhos, pela bocca, pelos ouvidos, sem o querer, sem o cuidar, sem o sentir; cada pedra, cada tronco leva inspirações ao amago do seio, que desatina a cantar como a zagala ao desabrochar do dia, ou como a avesinha, que saúda a primavera; aqui murmura melodias o ciciar da aragem nas flores da collina; o scintillar da lua quando num tecto de saphira pende accesa como lampada de sanctuario; o ardor do sol, quando se alastra em diamantes por cima do estendal da arêa; o echo a responder sonoro ás palmas d'um folguedo; a vara do barqueiro a resvalar nos seixinhos do rio; o lavadouro da tricana, que geme debaixo dos seus golpes, menos duros porque os acompanha uma cantiga de amores! até os nomes dos sitios têm aqui uma suave harmonia, como preludio de canção, que deixa adivinhar-lhe toda a lindeza!.... Mas não vês, Elysa, como eu vou longe do que ia dizendo? era Coimbra, que me arrebatava nas ondas da sua poesia; foi uma nova prova do seu poder; voltemos porém ao primeiro proposito.

No theatro de S. João valsa-se para passeiar á roda com outra mascara. No palacio bebe-se Xerez ou Porto; em S. João parece que todas as pessoas estão costumadas a tomar vinho em... pilulas. Gostam de comer delicadamente um cacho d'uvas, e sentem-se horrorisadas deante d'uma garrafa. Para ir a S. João basta haver ceiado; para ir ao Palacio é preciso ter comido uma ceia.

Palavra Do Dia

esbrugava

Outros Procurando