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Atualizado: 30 de junho de 2025
Severo Antonio de Farias, Americo Valentim Barbosa e José Antonio de Magalhães foram assim pronunciados pelo chefe de policia: «Considerando que a confissão dos reus, sendo como foi espontanea, sem constrangimento algum, clara, e de harmonia com o mais constante dos autos, prova o delicto nos termos do artigo 94 do codigo do processo criminal, etc.
Apertaram as mãos e Jorge sahiu. Americo exultou de contentamento com a inexperada sahida de Luiz. Eram, pelo menos, quatro dias de demora, e em quatro dias podia, pensava elle, conseguir derrubar o seu rival do throno aonde começava a sentar-se. Luiz ficou triste com a noticia, pelo lado do coração.
Americo não o esperava de volta tão cedo, e sentiu o que quer que é ao vêl-o entrar, porque estremeceu, e empallideceu subitamente. Presentiu, naturalmente, a violencia das tempestades, que iam desencadeiar-se, e depois de revolto o mar, quem poderia assegurar-lhe a salvação, ou evitar-lhe um naufragio?
Americo, depois dos cumprimentos do estylo, e d'alguns cavacos sobre a correspondencia e negociações do dia, deixou-o no escriptorio e veio ao armazem. Chamou os negros, interrogou-os a todos, perguntando se algum fôra incumbido pelo senhor Luiz de ir ao Botafogo levar algum recado. Um d'elles respondeu que sim. A que? perguntou Americo. Levar isto á senhora moça. Deixa vêr.
Luiz e Americo cumprimentaram-o com a delicadeza devida. O capitalista recebeu-os como socios seus, affavel, risonho, bondoso, mesmo com um tanto da meiguice que o caracterisava. Jorge de Macedo era um homem sympathico, moral e physicamente.
O senhor Americo. O mulato? interrogou o negro, mais admirado ainda. Sim. Escreveu-me esta carta a dar-me a noticia, e a pedir-me para esta noute ás 10 horas apparecer no caramanchão do lago, para me entregar uma carta de Luiz. E porque a não mandou o mulato? Porque só a mim a quer entregar. O cabinda sorriu-se n'uma expressão d'ironia e d'ameaça. E a senhora moça o que responde? Não sei.
Chegou á entrada do caramanchão. Magdalena! murmurou elle baixo. Senhor Americo! respondeu ella timidamente. Esperou muito, não? Não; mas agora não posso demorar-me. Estamos sós. Estamos. Ainda bem. E chegou-se mais a Magdalena e ia a tomar-lhe as maõs, quando ella retirando-as accudiu: Perdão, senhor.
Luiz guardou ainda silencio durante alguns segundos, mas occorreu-lhe a ideia de que o seu silencio poderia traduzir-se por cobardia ou humilhação e volveu-se então para o mulato, fitou-o corajosamente e perguntou tambem com voz firme: Então o que! Qual de nós vence? acudiu Americo sorrindo. Ainda o duvidas canalha! Pois não o duvides, infame.
A lucta é comigo, e só comigo, e se me encontras disposto a combater-te, não me encontrarás disposto a tolerar-te a minima coisa que possa, mesmo de leve, ferir Jorge de Macedo, que é hoje meu socio, meu protector e meu amigo, finalmente. Mais ainda, Americo, e isto vale uma ameaça. Magdalena é uma pessoa sagrada para mim, e exijo que o seja para ti.
Todavia, Americo, apesar de sentir o peso de todas estas reflexões que lhe suggeria o seu espirito, não deixava, ainda assim, de conceber uma esperança. Desanimar, não desanimava.
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