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Atualizado: 26 de julho de 2025


Distrahi-me em coisas futeis, bebi café e fumei como um desesperado. Ainda, como distracção e talvez para surprehender mais facilmente o primeiro rumor d'essa arrancada decidida contra a monarchia, abri a janella. A noite, humida, afogava a cidade. Houve um instante, quando se approximava a hora marcada para o rebentar do movimento, que suppuz aperceber o barulho de carros á desfilada...

estou a arder nas penas do inferno, sinto o fogo aqui dentro. E comprimia o estomago, onde as penosas digestões de toucinho e presunto, servido em grandes postas no refeitorio, fermentavam em dolorosas azias, que afogava a bôa aguardente do fidalgo.

Era um banco de pedra, rente ao muro esbrechado que a hera afogava. Em torno a relva crescia, mais silvestre e florida com os derradeiros malmequeres e botões d'ouro que o sol d'Agosto poupára. Um aromasinho fino, d'algum jasmineiro emmaranhado na hera, errava, adocicava a serena tarde. E na rama d'um alamo, defronte do portão da Capella, duas vezes um melro cantára. Gonçalo sacudiu todo o banco cuidadosamente, com o lenço. E sentado na ponta, junto de D. Maria, louvou tambem a frescura, o recolhimento d'aquelle cantinho de Craquêde... E elle que nunca se aproveitára de refugio tão santo, e quasi seu, nem mesmo para um almoço bucolico! Pois agora certamente voltaria fumar um charuto, revolver ideias de paz sob a paz das carvalheiras, na visinhança dos vovós mortos... Depois, com uma curiosidade:

Ainda não tinha descido tanto no pântano em que se afogava que não visse, acima da sua perversidade, alguma coisa de sublime, de luminosamente grande. Que Nuno, continuasse a viver para o amor, para a felicidade, para o futuro. Que o seu sonho de ventura nunca se interrompesse!

Depois quebrava-se o lacre do testamento na sala dos damascos, onde eu preparára para o tabellião Justino pasteis e vinho do Porto: carregado de luto, amparado ao marmore da mesa, eu afogava n'um lenço amarfanhado o escandaloso brilho da minha face: e d'entre as folhas de papel sellado sentia, rolando com um tinir d'ouro, rolando com um susurro de searas, rolando, rolando para mim os contos de G. Godinho!... Oh extasi!

Havia no ambiente podre revoadas de sss... E a excitação, como uma cheia, afogava tudo, derrancando pela raiz os impulsos da bestialidade humana, e pondo á mostra a torpeza physica dos mais graves funccionários.

E de repente, apertava-te os braços, sacudia-te p'ra me aturdir, p'ra espancar a emoção que me afogava numa maré de lágrimas reprêsas. Queria gritar, queria chamar-te meu amor e... odiava-te. Queria beijar-te as mãos, vestir-te de meiguice, e dizer-te a ância, o sonho doido de viver contigo sem palavras como as estátuas dos túmulos nas criptas...

E os litteratos, encarregados de guiarem a corrente da opinião publica, escolhendo no seu guarda-joias a mais nitida pedraria de estylo, apregoaram as ostras como ha dezenove seculos o fazia Horacio quando as afogava no falerno de Mecenas.

Entretanto, por efeito do transbôrdo do carvão, ganhava mais e mais a imobilidade gorda do ar um negro finíssimo, imponderável, que tudo inquinava, que tudo afogava, que tudo invadia, e que levado na asa fuliginosa do seu irresistível poder emporcalhante, não havia brilho que êle não apagasse, não havia limpa claridade que êle não pontilhasse de sombra.

Começára pelos retratos, adestrára-se a mão, e Perugino ficára vencido. Um dia o discipulo quiz voar mais longe, e começou um quadro de largas dimensões, o celebre Sposalizio, cujo assumpto delicado e formoso é o Casamento da Virgem. O artista queria emancipar-se da tutela de Perugino, mas o discipulo, respeitoso e grato, afogava a sua individualidade na maneira do mestre.

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