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Um molle, languido quebranto prostrava a natureza. As arvores espreguiçavam-se em movimentos morosos; raros passaros aligeiravam o vôo atravessando a luz vesperal. Nas quebradas sombrias crescia a voz das aguas borbulhantes, saltando, escachoando de pedra em pedra até fluirem mansas sob as pendidas ramas que pareciam tremer de frio. Longe, na cidade, resoava o tumulto humano.

Á rapariga, então, acudiam aspirações novas, uma ancia, até ali desconhecida, empós do idéal, tudo mal definido ainda, porém pregosado com intima volupia. Como era bom aquillo, apezar de dar-lhe um todo-nada de incomprehensivel soffrimento moral! Seria isso o amor? Quando anoiteceu, tornou ao banheiro, para a copiosa ablução vesperal.

No ceu desbotavam, esbatiam-se as côres vivas, o ouro e a purpura fundiam-se em violete e, docemente, a melancolia vesperal envolvia a natureza e penetrava as almas. E Maria perguntou: Porque é mais triste do que a noite o breve instante do pôr do sol? Porque é uma agonia, respondeu José. Não é a morte que impressiona, é o morrer. A luz que vasqueja é como o corpo que estrebucha.

Depois dum maior exgottamento de vida nervosa, adoeceu gravemente, e tão gravemente, informa o Escriptor, que não era difficil «marcar na sua intelligencia o accesso vesperal da sua ennublação». A partir deste momento deu-se a errar...

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