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Meu pae, e minha mãe, e meus irmãos, quero-os para o amor, quero-os para o coração, morro pela sua felicidade se m'o exigirem; mas o meu espirito precisa de alimento, a minha intelligencia quer um pasto ideal que não acho aqui, se meu tio me desampara. Não que foi um impulso providencial, que o trouxe aqui salvando-o de tantas mortes que lhe embaraçaram o caminho?

A illusão, o vasio universal, que encarava ao sahir das suas vertiginosas contemplações metaphysicas, faziam-n'o recuar pavido e tremente. A vida não lhe dava o que elle queria; para áquem d'esse vasto mundo invisivel que a sua alma de sonhador presentia e pelo qual ella anciava, nada havia que lhe satisfizesse a sêde ideal.

Era um ideal do demi-jour da coquette parisiense: sem arte nem estudo, lh'o preparára a natureza em seu boudoir de folhagem perfumado da brisa recendente dos prados.

Cheio de vida ainda, idyllico, ideal, Talvez lamente o amor, na sua jarra d'agua! Mysteriosa flor! que caprixosa magoa O virá a pender na haste virginal?! Talvez lamente o Sol a luz vermelha viva? O sol que vae morrer o bello agonisante! Talvez que chore a lua a lua pensativa! Que lhe venha lavar a alvura soluçante! Quem foi a branca mão olympica, divina, A mão macia, ideal traidora que o colheu?

Póde a praia ser muito boa para banhos, mas não é para isso que eu quero as praias. Mais uma vez declararei que o meu ideal balnear não vae além da tina e da esponja. Gosto simplesmente das praias para vêr o mar; mas quero vel-o d'alto, que é a unica maneira que a gente tem de contemplar o oceano sem tamanho vexame para a pequenez humana...

Á falta d'heroes a quem consagrassemos os nossos CANTOS, preferimos as Forças e as maravilhas da Natureza, que sendo obras de Deus, são por isso eternamente grandes e bellas para se constituirem na fonte pura e inexgotavel do Ideal.

Ermelinda conhecia que o Alberto lhe fugia, a imaginação fatigada, farto á saciedade do seu papel romantico de Antony; sentia um grande desconsolo, uma melancholia enervante, vendo esfolhar-se a flor azul das suas illusões, e recolhendo-se no fundo da propria phantasia, como n'uma cella monastica, deixando-se voar ao encontro do extasi mysterioso, que tantas vezes sonhara quando via nos livros a paixão descripta com traços patheticos, d'um mysticismo ideal.

Não pode um povo viver sem ideal e esse ideal ha de ser como a flôr que firma as raizes no terreno proprio das suas tradições. O futuro ha de ser explicado pelo passado em que potencialmente está contido.

Mas comtudo o Bello, o esplendor do Verdadeiro, encontra-se sómente no ideal entre a verdade, que os nossos olhos podem encontrar e a verdade que a arte deve escolher, ha um abysmo.

N'esses astros talvez habitámos, N'outros tempos mais santos e felizes! E, ó nuvens! bem sabeis se entre as raizes Dos mortos, para os soes nos elevámos! Talvez que ali tambem fomos romeiros Sedentos do Ideal sem o encontrar! Melhor vós o sabeis, castos luzeiros! Ó chorosa e sonora alma do Mar!

Palavra Do Dia

stuart

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