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Fallar-vos da India em geral, é remontar a epocas de nós afastadas de milhares de annos, é ir quasi ao berço da humanidade e da civilisação, é embrenharmo-nos no labyrintho d'um phantastico pantheismo, é encontrarmo-nos em presença do principio que divide estes povos em castas, perfeitamente separadas, cavando entre ellas profundos abysmos impossiveis de transpôr, ao mesmo tempo que teriamos de admirar a moral do Budhismo, os extraordinarios exageros do Jaisnismo e as phantasticas e dantescas descripções do Ramáyana ou do Mahábaratha.

Na poesia do Ramayana conseguiu reconhecer em Rama e em Sita uma dupla personificação da agricultura, da força que move o arado e do sulco que esse movimento produz na terra , o que plenamente confirma a exegese em que o Ramayana é o poema da conquista do sul da peninsula indostanica pelo trabalho sereno, pela paz. Em Portugal, as mulheres accusadas de adulterio purgavam-se a ferro caldo.

O ferro, aquecido pelo fogo, accusava o crime ou a innocencia: o fogo, diz o Ramayana, tudo o que ha de manifesto e tudo o que ha de occulto. Bastaria este facto para demonstrar que o symbolismo tanto abrangia a religião como o direito.

Nada, porêm, positivo se apura n'aquelle poema com respeito aos factos intimos da referida guerra, porque o caracter do Ramayana é inteiramente mythico; e um grande esforço de interpretação chega a explicar os seus episodios e a significação dos seus personagens.

Todas as proezas que a antiguidade nos narra: os doze trabalhos de Hercules, a entrada no formoso jardim das Hesperides, as excursões em demanda do vellocino de ouro, o ousado empenho de transpor o labyrintho de Creta, o maravilhoso e demorado cerco de Troya, a viagem aventurosa de Ulysses procurando a patria, a retirada heroica de dez mil gregos pelo interior da Asia, as conquistas de Alexandre, as invasões de Sesostris, a fundação de Sparta, de Athenas, de Roma, e de Carthago finalmente as narrações de Homero, Xenophonte, Herodoto, Diodoro, Thucydides, Quinto Curcio, Tito Livio, Plutarcho, e Eutropio, e ainda as creações grandiosas, que remontam aos tempos pre-historicos dos vedas, do Maha-Bharata, do Ramayana, do Kalidasa, e do Boudha Sakya-Mouni, todos estes mythos, todas estas epopêas, todas estas lendas, todas estas luctas titanicas, todas estas épicas aventuras são debeis esforços, limitadissimos exageros, vagas e triviaes descripções, em presença dos arrojos de Vasco da Gama, de Pedro Alvares Cabral, de Christovão Colombo, de Américo Vespucio, de Magalhães, de Franklin, de Cooper, e de não sei quantos outros navegadores e descobridores temerarios, que teem avassallado os dous oceanos, indo, alguns d'elles, povoar, com os seus esqueletos, as regiões remotas dos gelos polares.

Interrogado o Mahabharata, reproduz a nossos olhos o cyclo tempestuoso das conquistas dos aryas, quando, avançando para o sul, se propozeram assenhorear as regiões do Ganges. O Ramayana é tambem um symbolo sob a fórma de uma epopéa. A serenidade e abundancia que succedem aos trabalhos de Rama, para rehaver o throno e a esposa, representam a conquista pacifica do Meio-dia da India depois da conquista guerreira.

...... «Não conhecemos na litteratura indiana, nem talvez em litteratura alguma, episodio mais sentido e mais sublime do que aquell'outro do Râmâyana, a «Morte de Yaginadatta». Priamo aos pés de Achilles, na «Illiada» de Homero, é admiravel de dor e de sentimento; arrebata-nos a lastimosa Dido nos cantos do cisne mantuano ; Ignez deante de Affonso, no poema de Camões, abala-nos a alma e obriga-nos a lagrimas: não teme porem confronto com Priamo, Dido e Ignez o cego sublime de Valmiki deante do assassino de seu filho.

DAÇARATHA rei de Ayodhya, e pai de Ramá. DJATA cabelleira especial. GURÚ mestre, director espiritual. INDRA o rei dos deuses, o Jupiter indiano. KCHATRYAS casta militar e real. RAGHÚ rei dos da raça solar. RAMÁ o heróe do Ramayana. YAMÁ o juiz dos mortos, o Plutão indiano.

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