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Os cavalleiros abaixaram os olhos para o logar d'onde subíra a voz: era no terreiro proximo: os três padecentes e o algoz, cercados de alguns bésteiros, aproximavam-se do cadafalso: varios vultos negros fechavam o prestito: daquella pinha partira a voz do pregoeiro. Este pregão, dado a horas mortas e n'uma praça deserta, parecia um escarneo.

E assim será sempre, porque ha um juiz incorruptivel, chamado a «verdade». As sentenças d'este juiz, embora fulminem as paixões desatinadas, são sempre recebidas, senão pelo espirito de uma sociedade gasta e immorigerada, ao menos por a consciencia d'essa sociedade. Ora a innocencia é invulneravel ao contagio da corrupção, como a lampada do templo ás exhalações pestilenciosas dos tumulos. A consciencia é o pregoeiro das sentenças que a verdade profere, e v. ex.^a, insensivelmente, apregoa. Será necessario dizer-lhe eu que sentimento é esse que se serve de v. ex.^a, como de uma machina para se exprimir?

Era uma bolsa de seda verde com borlas de oiro. Mas que bolsa, senhores! Era necessaria toda a cortezia do pregoeiro para conservar esse nome a um objecto que não tinha fórma! Era uma bolsa de cabellos brancos! Rota, esburacada, sem côr definida e em cujas borlas o oiro brilhava... pela sua ausencia!

A final o meu impugnador declara «que a posteridade não necessita que lhe lembremos D. Pedro; que não é preciso mandar fazer um pregoeiro de pedra e cal encarregado de estar lembrando aos vindouros uma idéa que nem pode fugir, nem desvanecer-seBem! Isso agora intende-se.

Dir-se-ía a hora de eterna vingança, o dia de suprema verdade! Em Lisboa, nessa cidade luxuosa e rica, era prolongado o silencio. Apenas o vozear confuso e indistincto d'um ou outro pregoeiro poderia tomar-se, talvez, como um signal de vida e movimento ephemeros, por entre o tumultuar d'aquelle estranho labyrintho.

Assim foi tratado em vida e depois de morto este Pregoeiro eterno da gloria nacional por aquelles que no fundo da alma se conhecião reos de lesa-nação, e por uns poucos de fanaticos e hypocritas. Era liberal com os amigos, honrador dos benemeritos, rigido censor dos vicios, intrepido nos perigos, constante nas adversidades.

O desgraçado mancebo soffreu o supplicio com santa resignação. O conde de Athouguia e Luiz de Tavora seguiram o mancebo ao cadafalso. Ambos haviam confessado que eram culpados e que toda a sua familia era cumplice na conspiração. Os criados do duque de Aveiro foram queimados vivos, soffrendo horriveis torturas. O pregoeiro annunciou outra execução: era o marquez de Tavora.

O pregoeiro passeiou-a triumphantemente por diante de todos, e todos se riam, e todos zombavam, e todos faziam uma observação que redobrava as gargalhadas. Finalmente o pregoeiro passou por diante de mim, e mostrou-m'a. Foi então que eu a pude vêr bem. Se a podessem vêr como eu a vi, haviam de se compadecer d'ella.

Luar de Lisboa! aonde o ha egual no Mundo? Lembra leite a escorrer de tetas nuas! Luar assim tão meigo, tão profundo, Como a cair d'um céo cheio de luas! Não deixo de o beber nem um segundo, Mal o vejo apontar por essas ruas... Pregoeiro gentil grita a espaços: «Vae alta a luade Soares de Passos. Formoza Cintra, onde, alto, as aguias pairam, Cintra das solidões! beijo da Terra!

O marquez de Tavora foi condemnado ao mesmo supplicio. Ninguem mais poderia usar do seu nome sob pena de confiscação de bens. Antonio Alvares Ferreira e José Polycarpo condemnados a darem a volta da praça de Belem de baraço ao pescoço precedidos de um pregoeiro e depois ligados a postes elevados e queimados vivos e as suas cinzas deitadas ao mar.

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