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Foi preciso inventar isto, porque o povo de Vizella, que tinha visto uma vez em Guimarães el-rei D. Luiz cumprimentar toda a gente, estranhava o facto. Em compensação, todos os populares cumprimentavam suas altezas, e eu pendo a acreditar que o proprio Piratinino se ia sentindo principe... cada vez mais. A coisa constou.

Mas o janota de Guimarães teve uma lembrança feliz: que em tom de confidencia se dissesse aos criados do hotel que o commendador Piratinino era nada mais e nada menos que um principe disfarçado. E Piratinino é um bello nome para principe! observou uma senhora. Principe... de magica, pelo menos, acrescentou alguem. Mas se nos perguntarem d'onde o homem é principe, que responderemos?

Has de contar, intimou o Leotte, aquelle caso do principe das Caldas de Vizella, que uma noite te ouvi no Gremio. Ah! esse era o principe Piratinino. Não é um conto... de réis; mas é um conto de principe. Bem, temos dois contos, disse eu. E tu, propoz o Athayde, dirigindo-se a mim, tu, que andas sempre com as mãos na massa, é que has de abrir o torneio.

Que é principe da Ribária. E onde ficará geographicamente a Ribária? Sim... isso... A Ribária ficará na peninsula dos Balkans, entre a Rumélia e a Bulgária, se quizerem. Nas Caldas de Vizella pode haver tudo, menos um mappa da Europa. Ninguem irá verificar; soceguem. Magnifico! Maravilhoso! Ficou tratado que Piratinino era o principe da Ribária, e que a Ribária ficava nos Balkans.

Mas desde aquella hora, toda a gente, incluindo os hospedes que tinham inventado a blague, ficou capacitada de que Piratinino era realmente um principe. Suas altezas saíram de tarde a passeio. Os hospedes do Hotel do Padre esforçavam-se a explicar que na Ribária a etiqueta era muito rigorosa, e que o principe não podia saudar senão os fidalgos do seu paiz.

E eu que sei quem elle é! apostrophou o Maldonado, que era o mais silencioso de todos nós. Achámos graça á observação, espicaçámos o Maldonado. Elle explicou que tinha estado n'aquelle anno no Porto e que tambem tinha apparecido o commendador Piratinino, de fato branco, o qual seguiu d'ali para as Caldas de Vizella. Era... disse-nos o nome, que não vem para o caso.

Um hospede aventou a idéa de que se pedisse o registo do hotel para saber-se o nome do recem-chegado. Veio o registo. Dizia simplesmente isto: Commendador Piratinino e sua esposa. Pois, srs., observou padre José Maria, é mais a salsa que o peixe! Riram todos, e novos epigrammas rebentaram n'uma grande hilaridade desenfadada.

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