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O grande fundador da litteratura allemã, Luthero, que começa com a Reforma a reacção do germanismo contra o romanismo, representará acaso na sua obra, nas suas idéas, nos seus escriptos, o elemento germanico puro, estreme, exclusivo?

Os criticos allemães acharão talvez interessante observar as reacções provocadas pela inoculação do Germanismo, no espirito não preparado de um meridional, descendente dos navegadores catholicos do seculo XVI. Poderá essa ser mais uma pagina, embora tenue, na historia do Germanismo na Europa, e porventura parecerá curiosa aos que se occupam de psychologia comparada dos povos.

Em todo o acanhamento das minhas faculdades, mas em pleno vigor da sensibilidade, eu, que não posso gabar-me de haver sido educado no latinismo, porque não é educação que se tome em conta a arrastada e desordenada negligencia com que usamos passar pelas escolas, mas que fui nascido no latinismo, o que para a constituição psicologica sobrepuja a educação, não escapei ás apreensões de M. Arnold relativamente ao germanismo tumido de sciencia e tão minguado de humanidade. Em 1888, algum demonio me seduzia quando, passando por Berlim, escrevi nas minhas notas: «Sobre a cidade pesa um braço de ferro, a multidão abdicou nas mãos de uma vontade; ela a move. A graça e a elegancia, a vivacidade e o riso foram banidos; o povo vai taciturno e lento.» «A Alemanha, que Berlim nos mostra, afigura-se-me um elefante, a inteligencia e a força em um corpo informe. Toda a sua alma cristalisou nesta aspiração ser forte, invencivel.» «Conseguiu ser forte. As doutrinas dos filosofos, de mãos dadas com o genio militar, alcançaram emfim dar-lhe uma rara força. Póde viver-se assim?

E Leibnitz? e Lessing? e Goethe, o velho pagão?... Se os romanticos allemães quizessem ser completamente logicos, tinham de fazer terminar o periodo nacional da litteratura allemã no seculo X, com os Niebelungen, ou quando muito no seculo XVI, com os Meistersaenger: d'ahi por diante em parte alguma se encontra o germanismo puro.

O germanismo e as suas glórias teriam sido apenas questão de laboratorios, retortas, lentes, microscopios, raizes quadradas e taboas de logaritmos. «Sciencia, muita sciencia, sempre sciencia. Estava o elixir da vida, a fortuna das nações e a felicidade dos homens.

O Germanismo tomara em Portugal. Abrira-se uma nova éra para o pensamento portuguez. O velho Portugal ainda conservado artificialmente por uma litteratura de convenção morrera definitivamente. D'esta especie de revolução fui eu o porta estandarte, com o que me não desvaneço sobre maneira, mas tambem não me arrependo.

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