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Era um motivo da Traviata, d'um sentimentalismo enervante, que punha no espirito uma doce melancholia; tocou depois um trecho da Dinorah, a «walsa da sombra»; parecia que as notas vibrantes do piano recordavam aquelle gemido hilariante da pobre louca, que se desenhava em todo o seu perfil na lucillação casta do luar.

Os principes não constituem excepção a esta lei geral da formação dos homens. Da educação de gabinete, do bafo enervante dos mestres, dos camareiros e das aias, nunca sahiram senão doentes e pedantes.

Sob a janella um Poeta altivo e orgulhoso Acertou de passar, cantando meiga trova... E então Leonor sentiu o fremito do gozo, A estranha sensação d'uma volupia nova. Naquêle ardente olhar tinha ella conhecido O philtro da Paixão, enervante e sereno... Quantas de vós, tambem, não tendes bebido No vosso negro olhar esse fatal veneno!

Mas está tanto frio, e as bagas de agua zurzem-me tão desapiedadamente os vidros das janellas... E, peor do que isto, é o frio da alma, é a apathia enervante do meu espirito, é o sorriso amargo que me enruga os labios, provocado por esse mesmo jubilo do enxame, que aqui me retêem e me impedem de tambem ir galhofar. Não, decididamente não serei da festa. Imagino-a d'aqui.

Como é enervante pensar na vida assim, sem interesse pelos outros, sem nenhum grande affecto que nos chore bem alto, a fazer calar todos os risos!...

E perguntarão V.s Ex.as, mas o clima tambem não é enervante e deprimente para elles?

Um grande portão aberto ao fundo dava sobre os laranjaes da horta, sombrios áquella hora n'um verde metallico condensado, redondos até ao chão relvoso pelas imbibições da rega, humidos, picados de fructa, e filtrados d'uma aura toda enervante em nupciaes essencias.

Ermelinda conhecia que o Alberto lhe fugia, a imaginação fatigada, farto á saciedade do seu papel romantico de Antony; sentia um grande desconsolo, uma melancholia enervante, vendo esfolhar-se a flor azul das suas illusões, e recolhendo-se no fundo da propria phantasia, como n'uma cella monastica, deixando-se voar ao encontro do extasi mysterioso, que tantas vezes sonhara quando via nos livros a paixão descripta com traços patheticos, d'um mysticismo ideal.

Nos tempos modernos, sob os dominios despoticos, em quanto a obra do pensamento foi disciplinada pela policia clerical e monarchica como succedeu em Portugal durante o imperio do Santo Officio, a litteratura deixou egualmente de ser o livre producto artistico e converteu-se n'um poder do Estado, o mais enervante para a imaginação, o mais dissolvente da intelligencia e da dignidade humana.

Havia mais disciplina, mais silencio commovedor, mais solemnidade, em summa. De vez em quando a grave quietude do ambiente era interrompida por uma descarga de fusilaria, a explosão d'uma granada ou o crepitar enervante das metralhadoras.

Palavra Do Dia

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