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Nós buscamos na Dôr a suprema voluptuosidade sagrada, com que ella exalta e unge os seus dilectos, e não a trocamos pelas calmas e tranquillas alegrias d'essa boa gente pacata, pachorrenta, reflectida, egoista e séria, para quem a vida é um grato dever, para quem as scismas, as contemplações, as duvidas, os terrores phantasticos, são um accessorio inteiramente inutil, para quem o mysterioso alem-tumulo, que nos irrita e nos perturba, e nos chama, e nos allucina, e nos enche os labios de ironias blasphemas, e a alma de anciosas e ardentes interrogações, é uma certeza firme, accentuada, perfeitamente em regra, como um ramo de escripturação commercial?.....

Depois, oh! depois, o infinito, o ideal, o amor, as azas, mais velozes do que as de uma ave, as pernas mais ligeiras que as de uma corça; uma estranha mão apertando-nos a nossa; é o paraiso a sorrir-nos num beijo que ninguem , e a gloria a mirar-nos num céo, que nos allucina, que nos embriaga, que nos absorve. Correr, voar, amar! tal é o triplice fim de um patinador.

O amor da litteratura, este amor que nós, em Portugal, por ouvirmos fallar d'elle, conhecemos incompletamente, amor que absorve, que encanta, que allucina e que mata por fim como matou Flaubert, como matou Julio de Goncourt, como matou Balsac, como é muito provavel que mate brevemente Daudet o amor da litteratura respira-se n'estas cartas com um perfume subtil que as embalsama, e que as impregna admiravelmente.

A forma, o raio, a côr, a luz que nos fascina, Nada são para vós, magros indifferentes, Por que o Ceu vos desvaira e a Cruz vos allucina! E assim mudos passaes nas Biblias reverentes... Julgando sempre ouvir nos ceus que se descobrem, Trovejar de repente as trombetas dos crentes. Ó monges! ó fieis! não entendeis o homem!

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