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Mas se o Adelino Luiz Fernandes affirmava tudo isto, dizia egualmente que nunca percebera nos accusados a intenção de eliminarem o primo, nunca relacionara a sua morte com a ameaça que elle enviara de Badajoz e que o Nunes Pedro, por mais do que uma vez, lhe significara o desejo ardente de sahir de Lisboa com destino á Africa Portugueza.

Adelino Luiz Fernandes confirmava o facto do Nunes Pedro ter fugido para Badajoz a fim de se eximir a qualquer responsabilidade no desapparecimento do cartuchame; confirmava o ter elle escripto de Badajoz ao Domingos Guimarães e ao armeiro Heitor Ferreira, pedindo-lhes dinheiro e envolvendo esse pedido n'uma ameaça clara; dizia mais que Nunes Pedro regressara de Badajoz a Lisboa em 16 de outubro de 1909, indo para um armazem do Poço do Bispo, onde se conservara dois dias; que sabendo que o primo era socio do Centro Antonio José d'Almeida, falara ao presidente do Centro, o professor Camello Neves expondo-lhe as difficeis circumstancias em que se encontrava a viuva do Nunes Pedro e que o professor, condoido da sorte da infeliz, lhe dera uma pequena quantia, uns cinco mil réis.

Não seria mais sensato e mais proveitoso acreditar n'ella, tolerar-lhe um fugitivo transporte pelo snr. Adelino, e continuar a receber egoistamente o meu beijinho na orelha? Mas então á idéa lacerante de que ella tambem beijava na orelha o snr. Adelino, e que o snr.

Ahi, arrastando as chinelas sobre o soalho regado, remoía, entre suspiros, recordações da Adelia; ou diante do espelho contemplava o lugar macio da orelha em que ella costumava dar-me o beijo... Depois sentia um ruido de vidraça e o seu perfido, o seu affrontoso brado «á favaEntão, perdido, esguedelhado, machucava o travesseiro com os murros que não podia vibrar ao peito magro do snr. Adelino.

Adelino... Enroscados na alcova, beijando-se furiosamente, estavam-me talvez chamando carola, emquanto eu passeava alli, nos retiros da Escriptura! Áquella hora a titi, de mantelete preto, com o seu ripanço, sahia para a missa de Sant'Anna: os creados do Montanha, esguedelhados, assobiando, escovavam o pano dos bilhares: e o dr.

O snr. Adelino assomou á janella, em mangas de camisa. Sou eu, snr. Adelino, murmurei abjectamente e tirando o chapéo. Queria fallar á Adeliasinha. Elle rosnou para dentro, para a alcova, o meu nome. Creio mesmo que disse o carola.

Adelino também dizia ai! ai! como eu assaltou-me o desejo ferino de a matar, com desprezo e a murros, alli, n'esses degraus onde tantas vezes arrulhára a suavidade dos nossos adeuses. E bati na porta com um punho bestial como se fosse sobre o seu fragil, ingrato peito. Senti correr desabridamente o fecho da vidraça. Ella surgiu em camisa, com os seus bellos cabellos revoltos: Quem é o bruto?

Depois a Adelia, sorrindo, sem perturbação, vera e limpida, apresentou-me «seu sobrinho AdelinoEra filho da mana Ricardina, a que vivia em Vizeu, e irmão do Theodoriquinho... Tirando o chapéo, apertei na palma larga e leal os dedos fugidios do snr. Adelino: Estimo muito conhecel-o, cavalheiro. Sua mamã, seu mano, bons?

Ella levou-me para dentro d'um pateo onde cheirava mal; e ahi, com os olhos vermelhos, destraçando furiosamente o chale, rouca ainda da bulha que tivera com a Adelia, rompeu a contar-me coisas torpes, execrandas, sordidas. A Adelia enganava-me! O snr. Adelino não era sobrinho: era o querido, o chulo.

Por esse tempo tambem existem nucleos poderosos em Vianna do Castello, Braga e Villa Real de Traz-os-Montes, distinguindo-se n'este ultimo os revolucionarios Adelino Samardan e Antonio Granjo.

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