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De Pitágoras a Shelley ou a Wagner ou a E. Réclus ou a Tolstoi que arautos não teve o vegetarismo, que divinos clamores não fez ouvir

O que nesse campo havia e ha a conquistar e é o legado funesto de gerações sôbre gerações de crueldade, é infinito. O que se conquistou é minimo relativamente ao que importa conquistar. Por isso um homem como Wagner descerá do altíssimo pedestal a que o próprio talento e a fama o ergueram e virá com os mais humildes exortar os infieis e os ignorantes a iniciarem a sua redenção no vegetarismo.

«O homem natural, inocente e feliz, de que Wagner traçara outrora a imagem ideal no seu moço Siegfredo, não mais se concebe agora (nesta época da sua vida) sob as linhas do germânico belo e vigoroso, sempre pronto para a guerra e para as aventuras, belicoso pelo prazer de medir suas fôrças com os rivais, e inacessivel ao temor.

Eis o que Wagner pensava do vegetarismo, da alta missão social que lhe está guardada e da influência fundamental que tem na moralidade das raças. E pronunciando o seu nome desnecessário se torne lembrar em que assombrosas faculdades esta doutrina encontrou protecção e impenetrável escudo. Acrescentemos ainda a essa voz de excepcional poder mais um depoimento.

A citação será longa mas convém que se faça, é indispensável, aponta dados primaciais do problema: «Se consideramos primeiro a evolução humana como fenômeno fisiológico, verificamos, segundo Wagner, que duas causas trouxeram a degeneração da raça branca: a alimentação, que do homem primitivamente frugívoro fez um carnívoro, e a mistura das raças que profundamente alterou o temperamento primitivo e as virtudes hereditárias dos antigos arias.

Sou o pastor da freguezia, o pae dos meus freguezes, na traducção do meu primeiro e melhor titulo o de padre. Como todos os paes, amo de preferencia os filhos mais desgraçados. Ah! de certo, concluiu fatal, estimá-la-ia menos, se a não soubesse infeliz... Interrompeu-nos Maria Peregrina, executando um trecho de Wagner, tempestuoso, sombrio. Não podia ter melhor interprete o grande compositor.

Fecho os olhos e perco-me a memorar a fileira interminavel das victimas. Quando se realizará a grande paz no Amor? Talvez nunca... E quem sabe? Wagner, o mais genial revolucionario do mundo, pretendeu fazer do Universo um canto. Assombrosa concepção se a completarmos! Exultemos, sobretudo, a Sensualidade, no mais largo significado, no bem infinito que é. Cantar é amar.

Por outro lado pertencendo pela educação que demos a nós mesmos, destruindo pela base a que recebemos no berço, aos homens de genio e de , que espalharam pelo mundo os principios revolucionarios de 1789 e tentaram as primeiras applicações praticas aos problemas pendentes da humanidade, e genios em que havia poetas como Lamartine e Hugo, musicos como Beethoven e Ricardo Wagner, economistas como Bastiat, publicistas como Proudhon, historiadores como L. Blanc, philosophos da grandesa e originalidade de Quinet e Michelet, cujos ideaes de justiça e d'amor nos conquistaram e nos acompanharão até á morte: comprehende-se que em nome d'elles não ponhamos hoje a nossa e a nossa esperança sobre a regeneração do Mundo nas gerações actuaes, incredulas, scepticas, e devoradas pela febre do ouro e do goso!

A escóla franceza tem, é verdade, muito de condemnavel como escóla ecletica; mas ainda assim não devemos nunca esquecer que a ella pertencem talentos soberbos, como o de Gounod, compositor do Fausto, e o de Berlioz, auctor do Manfredo, que para muitos foi o predecessor de Ricardo Wagner, e o de Auber, e o de Herold e o de muitos outros.

E assim mesmo, pois que o drama musical de Wagner é, na sua beleza de vertigem, a mais victoriosa das derrotas, condenando pela voz dêsse homem-deus tentativas quaisquer de fusão de artes, não era mais que certa, irrevocável, a falência total do sonho de Harry? Se ao menos pudesse conviver com êle e canalizar tão bellas qualidades p'ra qualquer coisa de viável, de fecundo!

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