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Atualizado: 31 de maio de 2025


Antes, porém, de deixar o saudoso sitio, quiz satisfazer a um desejo pueril, a uma d'essas criancices ditosas de que o coração se emancipa quando os cabellos alvejam, ou a alma amadurece temporamente, o que é peor ainda... Fui ao da casa, muito ao , quasi rente com a parede, e... á luz d'um relampago... vi-a! vi-a... era ella, debruçada no peitoril da janella!

Leviandades, leviandades... atenuou o médico. Eu habituei-me a ver em Maria Cândida uma espécie de filha, desde muito nova. Não admira. Tive-a nos braços quando nasceu, pequenina, vi-a depois medrar, crescer, fazer-se mulher

A turbação do meu animo era como uma vertigem, e assim mesmo vi-lhe todos os lances de olhos, todas as linhas alteradas d'aquelle adoravel rosto. Fitou-me. Estremeceu; vi-a estremecer na quasi paragem convulsiva que fez o cavallo. E eu busquei o apoio do hombro de minha mãe, e senti-me comprimido nos braços d'ella.

A tristeza realçava-lhe a candura angelica. Para ella, a vida era um desterro no mundo. Passava, alheia de tudo, distraida, sem saber que levava apoz si todas as aspirações que um olhar de relance, fortuito, gerava na alma. Um dia vi-a pelo braço de um homem feio, que a conduzia com burlesca familiaridade! Disseram-me que era o marido.

E que vi eu?... A mulher, A mulher como ella é e deve ser. Vi-a altiva e com toda a magestade Destruindo o insulto á sombra da verdade! Vi-a repudiando com nobreza Os feitos da maldade e da torpeza! Vi-a... vi-a tomando nos seus braços O fructo que proveio de devassos!

Mas, ainda assim, os poetas portuenses de melhor quilate não duvidavam chamar-lhe em 1863 mulher ou anjo. Annos depois vi-a representar em D. Maria a sua ultima peça, O meia azul, n'uma decadencia pungitiva. A mulher luctava com a doença e com a velhice: duas enfermidades. O anjo havia rasgado as azas nos espinhos de um esforço supremo de declamação e caracterisação.

Sinto ainda a desgraça muito perto... Mas sinto ainda mais perto a caridade! Se vivo, é por ella. Em seu regaço Choro o meu abandono, as minhas dôres. Refunde-se a minha alma em muitas almas, Vale um consolo o que não valem palmas... Vivo, meu Deus! graças a vós, senhores!... Vi-a n'um baile, ha muitos annos, quantos!

Fóra da porta vi ao longe, no começo da rua, uma luz caminhar! caminhava, crescia! Havia alguem, vestido de vermelho, que a trazia! Parecia-me ser sangue! A luz crescia. Esperei, a tremer. Aquillo caminhava para mim. Approximava-se! Eu estava encostada á porta, na sombra, fria de pedra. A luz chegou: vi-a. Era um padre, era outro homem com uma opa vermelha e uma lanterna.

Vi-a saltar do poleiro, esvoaçar, bater asas de fúria nos arames, e recaír depois na mesma pose, a arquejar, asmática de raiva. Ficou assim sem fala ainda algum tempo. Apeteceu-me fugir. Tive vergonha. A voz dela por fim veio em arestas, ferindo o meu orgulho ulcerado: A Beleza moral!... O Sentimento! Que fizeram com isso?... Que fizeram? A Harmonia social, êsse concerto que é de rasgar os olhos e os ouvidos. A fome, a revolta, o desespêro... A raiva de saber, de analisar, de fechar em teorias toda a Vida... A Dúvida, a loucura metafísica, e o culto da dor, êsse onanismo!... A impotência em tudo, a impotência... E por paródia

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