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Se quando fores homem, te acontecer faltar á tua palavra, não te chamarei mais meu filho. D'aqui até , responde sim ou não, é quanto basta. Conheço essa historia, m'a contaste e disse commigo n'esse dia: Visto que se educam tão bem as crianças em Valneige, é porque é boa gente; quando dizem sim é sim, quando dizem não é não. Oh! de certo, em casa é assim. Ninguem mente.

Quando em Valneige lhe acontecia magoar-se, chorava por grandes coisas, porque seu pae quando o via chorar por bagatellas, não deixava de lhe dizer: Que tens tu, minha pequenina? esta palavra valia um grande discurso, e lembrava-lhe que era um homem, como elle dizia.

O Senhor de Valneige, completamente desanimado, voltou para o hotel; ninguem tinha visto a criança; nenhuns esclarecimentos se tinham obtido; continuava o mysterio mais profundo sem se saber o que se havia de dizer nem pensar a tal respeito. Iam empregar-se todos os meios possiveis para descobrir Adalberto: mas para os desgraçados paes restava esperar.

Gella abriu os seus grandes olhos cheios de lagrimas, as mais amargas que se podem chorar n'este mundo, fitou-os nos olhos meigos do pequeno de Valneige e respondeu apenas: Acredito-te. A criança viu-a soffrer toda a noite. Lavou-lhe a cara magoada e os cabellos ensanguentados; não sabia o que havia de imaginar para lhe fazer bem, e dizia-lhe baixinho, muito baixinho: «Coragem! porque ha um céo

Offereceu cortezmente o braço. Adalberto tinha fome Deixámos o filho do senhor de Valneige victima de uma grande agitação no seu tenebroso isolamento. Esta solidão durou muitas horas. Tão depressa julgava que a ratazana estava perto d'elle, como lhe parecia sentil-a subir pelo corpo acima. A sua imaginação criava mil soffrimentos que não existiam.

Os senhores de Valneige tinham-lhe dado uma grande prova de confiança, permittindo-lhe que cuidasse da primeira educação de Adalberto, que lhe chamava mamãsinha. A querida menina, graças aos verbos e aos themas, tratava-o ás vezes por meu filho, tomando um ar serio, que fazia rir immenso o senhor de Valneige. Tudo estava regulado no campo; as horas da comida, as do estudo e as do recreio.

Depois sentou-se á cabeceira do leito, e fallou muito tempo baixinho; a rapariga respondia ainda mais baixo, e, no fim da conversa, Adalberto apenas poude ouvir estas palavras, que os soluços entrecortavam: Não, minha senhora, eu não sou digna de tantas bondades! Dar-me trabalho em Valneige! De vestir e de comer debaixo do vosso tecto! E vêr todos os dias Adalberto! Oh! seria muita honra para mim!

A senhora de Valneige depois de ter cumprido esta piedosa digressão, voltou para a casa branca, e seu marido approvou tudo quanto ella tinha feito e dito. Durante o dia passearam pelos arredores. O verdadeiro motivo d'este passeio foi ver as pessoas, que tinham tomado uma parte tão activa em libertar Adalberto.

Na casa branca não se recolhiam tarde. A pendula da sala deu horas; a senhora de Valneige contou nove pancadas e estremeceu, ouvindo aquella bulha, que Adalberto tinha ouvido durante a sua grande agonia. Subiram, e bem depressa cada um, com um castiçal na mão, se dirigiu para o seu quarto.

O pezar do pequeno de Valneige não era um pezar de enternecimento, que elevasse a sua alma tão bem formada por bons paes; era um horror instinctivo por um animal perigoso; era preciso passar assim toda a noite e a pendula fez soar nas trevas onze horas. Adalberto dava que pensar á senhora Tourtebonne. Ha pessoas que querem sempre saber como acaba o que vêem começar.

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