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Atualizado: 16 de junho de 2025
O socegado Baptista, que estas emoções espertaram um pouco, ficou relacionado com os habitantes de Valneige, e combinou-se que faria remessas de queijo e harenques, para o palacio, para a villa e para a quinta. Deram-lhe, além d'isto, um elixir admiravel para calmar as dôres de dentes, a que era sujeito, infelizmente! Quanto á tia Tourtebonne foi preciso desistir de a achar em casa.
Quanto aos outros dois, foram mansos como cordeiros, e promptamente cumpriram o que mandou Praxedes; mas o pequeno de Valneige notou, que nem a velha nem Gella disseram como Rosinha sempre dizia: Vamos, meus meninos, ponham-se de joelhos e digam a sua reza. Não, pensou elle, ninguem aqui reza a Nosso Senhor; é sem duvida porque o não conhecem.
Quanto a Frederico, a seriedade, que lhe era natural, mesmo quando brincava, socegava a senhora de Valneige. Mas havia um sujeitinho, loirinho e muito galante que nunca respondia á doce admoestação de sua mãe; chamava-se Adalberto, está entendido, e tinha por alcunha o desobediente.
A senhora de Valneige fallava á sua nova amiga essa lingoagem do coração, que só elle comprehende, e a senhora Deschamps respondia com a suave liberdade, que nasce d'uma sympathia subita. Para ella não era a desconhecida mais do que a mãe da criança perdida, da criança que, durante seis dias, tinha achado sob este tecto o que esta idade exige: cuidados, brinquedos e ternura.
Conhecia e explicava a si propria o encadeamento de successos que tinham preparado a libertação de Adalberto; e, tranquilla do futuro, já não dizia: elles enganaram-me! Mas o que se havia passado em Valneige? O pae não tinha partido apressadamente logo que recebera a carta do senhor Deschamps? Não. A mãe não tinha escripto, para mostrar pelo menos o seu reconhecimento? Não.
Nós, que não andamos atraz das crianças, podemos achar que taes brincadeiras são muito divertidas. A senhora de Valneige punha á disposição de todos raquetas, volantes, peões, ballões, pellas, arcos, e não sei que mais ainda!
Estas lições mysteriosas eram quasi sempre um divertimento para o pobre pequeno Valneige. Em troca, Adalberto aprendia com Gella muitas coisas; era ella quem todos os dias lhe fazia estudar o que chamava os seus exercicios, quer dizer movimentos a compasso, saltos, curvas, passos de dança, tudo quanto póde tornar o corpo flexivel.
Comtudo lembrou-se das bellas e boas tradições de Valneige; «uma criança bem educada, tinham-lhe dito cem vezes, não deve nunca comer fóra d'horas; é golodice, torna o homem material, quer dizer, favorece n'elle os instinctos do animal.»
Ninguem, excepto a senhora de Valneige, tinha visto o objecto em questão; não se sabia o nome nem a forma d'elle e passava-se o tempo a dizer: Mas o que será?... O senhor de Valneige admirava a coragem de sua mulher, que fingia muitas vezes haver-se esquecido, para que os estudantes podessem gozar as ferias sem o menor cuidado.
A vida tornava a ter os seus encantos. A senhora de Valneige já se não sentia infeliz. A presença de Adalberto ia curar seu marido, que só soffria pela sua auzencia. Oh! quantas alegrias juntas!
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