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Atualizado: 20 de julho de 2025
Effectivamente essa sentença revisoria tira aos Tavoras e conde de Attouguia, a responsabilidade no crime de regicidio e rehabilita a sua memoria.
Mas que importava isto ao marquez de Pombal e ao tribunal de Inconfidencia, todo composto de malandros e de estupidos da casta d'elle? Sebastião José jurou perder os Tavoras, porque julgou, talvez com razão, que a tentativa da conspiração visava mais a elle do que ao rei. Os Tavoras viveram no antigo luxo e socego depois do dia 3 de setembro.
Os jezuitas, José Moreira, que fôra confessor do rei; Jacintho da Costa, que o foi da rainha, e Thimoteo de Oliveira, dos principes, frequentaram, depois de expulsos do Paço, o palacio dos Tavoras, e foram por isso encerrados nos carceres por suspeitos; não ha prova, porém, de que elles incitassem ao crime ou fossem d'elle sabedores; e se o fossem, o marquez não se limitaria á prisão, e leval-os-hia ao patibulo, como o fez a Malagrida.
Por estas e outras fraquezas pagaram os Tavoras, o Malagrida, o Pelle, os jesuitas, os encarcerados nas medonhas masmorras, os roubados, os despojados, e, finalmente, aquelles que este livre pensador, para acabar com elles mais summariamente, entregava ao Santo Officio! Assim succedeu ao padre Gabriel Malagrida.
Tudo se doou em 25 de agosto de 1449 a Alvaro Pires de Tavora, chamado o velho, filho de Lourenço Pires de Tavora e de Alda Gonçalves, e do conselho d'elrei D. Affonso V. Esses bens conservam-se ainda, na sua maior parte, em poder do actual representante dos Tavoras, o sr. marquez de Vallada, etc.»
O Sebastião José inventa para matar os Tavoras os mais medonhos tormentos de que não ha exemplo na historia; confisca-lhes os bens; arraza-lhes as casas; prohibe que qualquer pessoa, sob pena de confiscação de todos os bens, use do appellido de Tavora, e, passados nove annos sobre esta inesquecivel tragedia, casa o seu segundo filho José de Carvalho e Mello com D. Francisca de Tavora e Lorena, sobrinha e prima dos sentenciados de Belem e filha de Nuno Gaspar de Tavora e Lorena!
Desde que o desembargador do paço Paulo Henrique Henriques de Miranda fallecera, os candelabros e serpentinas nunca mais illuminaram as salas luxuosamente estofadas com as alfaias dos Tavoras. A herdeira, porque vivia magoada e era só, esquivou-se a receber as antigas relações de seu pae, e até dos proprios parentes se desonerou, não pagando visitas além das cerimoniosas.
A mestra era uma velhita roliça e branca, que fôra tacho das freiras de Santa Joanna d'Aveiro; com os seus oculos redondos, junto á janella, empurrando a agulha, morria-se por contar historias do convento: as perrices da escrivã, sempre a escabichar os dentes furados; a madre rodeira, preguiçosa e pacata, com uma pronuncia minhota; a mestra de cantochão, admiradora de Bocage e que se dizia descendente dos Tavoras; e a legenda de uma freira que morrera de amor, e cuja alma ainda em certas noites percorria os corredores, soltando gemidos dolorosos e clamando: Augusto!
Gaspar, as rivalidades dos Tavoras contra o duque d'Aveiro e a reconciliação posterior d'estes elementos, que se juntavam diariamente, é indubitavel que foi obra do director espiritual da Marqueza, o padre Malagrida, que nunca faltou ás reuniões dos descontentes, que achavam em casa da Marqueza todo o agasalho, e onde julgavam poder fallar impunemente do rei e do seu governo.
O duque d'Aveiro, posto a tratos, confessou que elles eram culpados; mas depois negou. O marquez de Pombal com a confissão havia de ter um jubilo feroz. Elle detestava os Tavoras, fidalgos honestos, vaidosos dos seus pergaminhos que o tratavam desprezivelmente por Sebastião José. O tribunal aceitou a confissão do duque; mas quando se retractou, não lh'o consentiram.
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