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Atualizado: 1 de junho de 2025


Eu a esse tempo, estava, mas era engaiolado no Sardão, mais morto que vivo, estrelicadinho com fome, porque aquellas carochas de seiscentos diabos tinham-me a jejum de pão e auga, que eu cuidei que não tornava mais a ver sol nem lua, e que, a respeito de petiscos, não se fariam mais para os queixos do Tomba!

E a cada talher correspondiam seis garfos, todos de feitios dissemelhantes e astuciosos: um para as ostras, outro para o peixe, outro para as carnes, outro para os legumes, outro para a fruta, outro para o queijo. Os copos, pela diversidade dos contornos e das côres, faziam, sôbre a toalha mais reluzente que esmalte, como ramalhetes silvestres espalhados por cima de neve. Mas Jacinto e os seus filósofos, lembrando o que o experiente Salomão ensina sôbre as ruínas e amarguras do vinho, bebiam apenas em três gotas de água uma gota de Bordeus (Chateaubriand, 1860). Assim o recomendam Hesíodo no seu Nereu, e Diocles nas suas Abelhas. E de águas havia sempre no Jasmineiro um luxo redundante águas geladas, águas carbonatadas, águas esterilizadas, águas gasosas, águas de sais, águas minerais, outras ainda, em garrafas sérias, com tratados terapêuticos impressos no rótulo... O cozinheiro, mestre Sardão, era daqueles que Anaxágoras equiparava aos Retóricos, aos oradores, a todos os que sabem a arte divina de «temperar e servir a Idea»: e em Sybaris, cidade do Viver Excelente, os magistrados teriam votado a mestre Sardão, pelas festas de Juno Lacina, a coroa de fôlhas de ouro e a túnica Milésia que se devia aos bemfeitores cívicos. A sua sopa de alcachofra e ovas de carpa; os seus filetes de veado macerados em vélho Madeira com purée de nozes; as suas amoras geladas em éter, outros acepipes ainda, numerosos e profundos (e os únicos que tolerava o meu Jacinto) eram obras de um artista, superior pela abundância das ideas novas e juntavam sempre a raridade do sabor

Ella ficou toda estifeita e tratou-me com muito agrado, mas a respeito de comer e beber... nem burro queres tu auga?! Eu támem não precisava accrescentou e indas que ella me offerecesse, não era o filho do meu pae que acceitava... Emquanto me lembrar a arriosca que me armaram no Sardão, não cômo nada da mão dos frades e das freiras nem que me matem... P'ra lição, bonda uma vez... Mas ó menos queria que ella tivesse um migalho de cortezia commigo...

Porque não lhe teria ella confessado francamente a sua situação, a sua desgraça, a sua queda irremediavel, quando no Sardão o mancebo lhe implorava de mãos postas que salvasse seu velho pae e confiasse no puro e desinteressado amor fraternal que lhe offerecia? Não quiz. Receou confessar-se indigna do nobre affecto que aquelle coração lhe tributava.

Diga-me uma coisa, mestre: você seria capaz de dar conta de uma incumbencia que eu desejo fazer-lhe? Ó sr. Julinho! que me pedirá vossa incellencia que lhe eu não faça?! Bem! Desejava eu que você fosse ao Porto e indagasse nas Sereias ou no Sardão, se ainda está como abbadessa uma senhora chamada madre Paula... Madre Paula... disse o sapateiro procurando reter na memoria este nome.

Os francezes, marchando para oeste, passaram ao Sardão, e d'ahi seguiram para o sul; os alliados, retirando sobre Lisboa, rebateram-n'os nos campos de Coimbra, e em Leiria.

Então Julio de Montarroyo contou a D. Aurelia que tivera repetidas entrevistas com Helena no convento do Sardão; que ahi combinára com ella a fuga, quando uma inesperada e repentina enfermidade veio transtornar todo o plano concertado entre os dois; e que, sendo compellida a seguir para Paris, lhe escrevera uma carta convidando-o a ir esperar noticias d'ella na grande capital do mundo civilisado.

Dize, filha! Tu mandas n'esta casa, não pedes. Desejava que enviasses alguem ao Porto, a saber se no convento do Sardão ou no das Sereias existe ainda uma superiora chamada Madre Paula... E se ella existir, que lhe entreguem uma carta minha... Madre Paula! replicou Aurelia Existe, minha amiga, sei que existe. Como o sabes? interrogou alvoroçadamente Helena de Noronha.

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