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Atualizado: 27 de maio de 2025


Por entre as franças das acacias, enastradas no salgueiro, suspira a viração rescendente do perfume das flores maninhas. Em antigos tempos, o genio bucolico de um possuidor creára alli tudo que a invenção póde realisar de mais viçoso, de mais lympida frescura, de mais poetico devaneio.

N'estas planicies em que não se avista uma montanha, sem uma unica nódoa intensa e viva na verdura desmaiada a prender-se ao céo nublado, o salgueiro, sem destruir a harmonia, á paizagem o brilho que comporta com a sua folhagem alva, replandecente e leve como a nuvem. A paizagem do occidente é tecida de ouro candente; esta é de prata polida e fria.

No centro d'este espaço elevava-se, singello, mas elegante, o tumulo da familia do Mosteiro, sobre o marmore do qual pousavam tristemente os ramos flexiveis de um salgueiro chorão, e nos cantos principiavam a erguer-se, como obeliscos funerarios, quatro jovens cyprestes ponteagudos.

Diante do Calvário, o enforcado caíu de joelhos nas lages, ergueu os lívidos ossos das mãos, ficou longamente rezando, entre longos suspiros. Depois ao entrar na azinhaga, bebeu muito tempo, e consoladamente, de uma fonte que corria e cantava sob as frondes de um salgueiro.

Como é lindo este Mondego A brincar sobre esta arêa! Como é lindo o bosque verde, Que as verdes margens sombrêa! No seu crystal derretido vem, á luz do luar, Outro Narciso, um salgueiro, Um salgueiro a namorar. Outra Echo, a briza doida, Que foi por elle engeitada, Anda carpindo, e zelosa Traz a limpha alborotada.

Horas e horas, com febre, com riso, com desespero, vasculho na memória, recomponho o complexo encanto dessa rapariga que sabia de cór tôda a Comédia Humana; tinha um vício pessoal, erudito, arqui-subtil; cinicamente ingénua, ingenuamente cínica; amoral e heróica, e que caminhava p'rò seu leito de cocotte com o ar redolente de Desdemona na canção do salgueiro... Oh!

Assim, pelas varzeas entrecorridas de regueiros, lenta nos recostos dos mattos, escorregando mais rapida, pelos corregos pedregosos, seguia a procissão, sempre com a cruz adiante, alta e prateada, rebrilhando por vezes n'um breve raiosinho de sol que, vagarosamente, surdia da nevoa desfeita. Ramos baixos de lodão ou de salgueiro passavam uma derradeira caricia sobre o velludo dos caixões.

E nunca realmente comprehendi por que razão outro amigo meu, um frade do Varatojo, que, pelo extasi da sua , a profusão da sua caridade, o seu devorador cuidado na pacificação das almas, me faz lembrar os velhos homens evangelicos, chama sempre a este sacerdote tão zeloso, tão pontual, tão proficiente, tão respeitavel «o horrendo padre SalgueiroOra veja, minha madrinha!

Repete-se ahi o mesmo facto, sem que por isso as povoações sejam mais ou menos ricas do que as do interior com habitos differentes. Uma arvore caracter a esta paizagem, o salgueiro, que com invariavel insistencia circumda os casaes cobertos de colmo, soltos e isolados, com largos intervallos, pelo meio das terras.

Verdade é que os pastores minhotos, ha trezentos annos, traziam ao pescoço os retratos das pastoras pintados em madeira, como se deprehende d'estes versos de Diogo Bernardes, o rouxinol do Lima. Pendurei n'um salgueiro a minha lyra Ouvil-a ao som do vento é uma magua, Em logar de tanger geme e suspira.

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