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Atualizado: 19 de novembro de 2025
A physionomia do pequeno Camillo é, em verdade, a mais expressiva entre todos os netos do grande romancista. Essa creança revela uma luminosa precocidade de intelligencia. Não sendo robusto, como nenhum dos seus irmãos o é tambem, parece mais debil e menos expansivo que elles.
Levantou-se, principiou a ler; era «Agulha em palheiro» de Camillo Castello Branco; interessava-se muito por aquelle sympathico filho do sapateiro, o heroe do romance, e sentiu deslisar umas lagrimas furtivas ao ver a formosa Paulina, uma doce creação do romancista, tão soffredora e tão amante. Tocaram a campainha.
Já seria occasião de estudarmos a maneira do romancista. Todavia, attendendo a que Julio Diniz primeiro se revelou ao publico poeta que romancista, corre-nos obrigação, por amor da chronologia, de primeiro o avaliarmos, consoante nossa opinião, nos seus versos, que nas suas novellas.
Até aqui proseguiu Duarte Valdez não ha nada maravilhoso na minha historia... De certo não; tudo vulgar obtemperei eu que sabia centurias d'estas historias, cuja trivialidade nenhum romancista de tino hoje em dia aproveita da fardagem dos vicios communs. O horrivel maravilhoso começa agora continuou Duarte.
Após elle, quando em socego o estomago, a crise desapparecia, dando treguas ao pobre Camillo. Eis aqui, pois, mais um pormenor do ingente drama de amargura que matou o grande romancista. Voltei agora a Seide, depois de dezeseis annos de ausencia. Estive ali no mez de agosto de 1885. O opusculo Uma visita ao primeiro romancista portuguez em S. Miguel de Seide recorda esse facto.
Mas fora dos dois livros de ironia buscaremos specimen de soberba execução artistica, alheia aos antigos processos do grande romancista.
Então qual de nós é o romancista? Vossê que os anda a procurar, ou eu que estou manso, quieto, e estupido em minha casa? Quererá vossê ir dizer em alguma novella que encontrou n'um recanto do Minho um visionario chamado Affonso de Teive... Affonso de Teive! exclamei eu Affonso de Teive... o senhor?! Essas barbas... essa nutrição... E estes oculos... atalhou elle.
Ali, debruçado sobre a meza do whist, na curvatura interessada dos myopes, um homem magro e sêco, de uma magresa forte e resistente, pondo ás vezes por cima dos oculos afumados o seu lorgnon, interroga o parceiro com a sua voz mansamente timbrada: é o poeta do Avè Cesar e do Pavilhão negro, o dramaturgo dos Primeiros amores de Bocage, o romancista dos Bandeirantes, orador, estadista, diplomata, academico, é Mendes Leal, emfim.
Em S. Miguel de Seide sepultou-se hoje Jorge Castello Branco, ultimo filho do finado romancista Camillo Castello Branco. «De ha muito que o seu viver era o de um verdadeiro louco, temendo todos e passando os dias n'um aposento sem o convivio de pessoa alguma.
E todos nós, depois d'esta rapida reconstituição do drama de Seide, nos demorámos ali, concentrados e silenciosos, por alguns momentos, como se vissemos ainda Camillo, prostrado e arquejante, na sua cadeira de baloiço, morrendo. Subimos depois ao segundo andar. Eram ahi o escriptorio do romancista e os quartos de cama.
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