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Atualizado: 31 de maio de 2025


A aversão, o desprezo e o desamparo são o seu cortejo e com horror o escoltam; tomando por pureza a inanidade, arrogantes se afastam a tremer de macular o orgulho na miséria dum corpo pestilento de seus erros.

exija ainda hoje uma coisa, que parece ser fundamental e logica: que os poeta escrevam em verso e os prosadores escrevam em prosa. Quanto á pureza da lingua, João Penha não se mostra menos intransigente. Ainda o anno passado lembrava elle ao snr.

As paixões humanas, que ante o cadaver de uma creança, coroada de flores candidas e cingida da alva tunica da pureza, deviam abrandar-se, como deante de uma visão do Céo, tomam-n'o ás vezes por estimulo para mais furiosas se desencadearem, e proclamarem a lucta, a sedição e a vingança.

Comprehendeu a turbação que inspirava, pela que sentia. Viu nas profundezas interiores do seu ser, diaphanas como um lago limpido, a sua pureza virginal, a sua magica-branca, a sua suavidade irresistivel, o seu destino de ser feliz felicitando.

A honra das mulheres, segundo o modo de pensar que transluz nos dramas de Calderon, consiste em amar um homem de reputação sem macula, e em amá-lo com perfeita pureza.

Esse enfado é muito pouco senhoril... Esta mão não mancha a sua pureza... Julia. Para mim tem o horror de mão que me feriu com um punhal... O senhor não tem dignidade nenhuma... Retire-se, que meu marido póde vêl-o. Jorge. Que veja... Eu não temo seu marido... Julia. Jorge.

E argumentava com a historia. O protestantismo, dizia elle, não entrou em Portugal: graças ás fogueiras da inquisição. Em quanto a Europa ardia em guerras religiosas, Portugal gosava pacificamente da sua prosperidade, e da pureza do seu catholicismo.

Naquella alta pureza deleitosa Que ao mundo s'encobrio; E nos olhos Angelicos, que são Senhores desta vida destinada; E naquelles cabellos, que soltando Ao manso vento, a vida me enredou, M'alegro e m'entristeço.

Uma senhora innocente que diz: «lua de mel» suja os labios, se preza a pureza n'elles; se, porém, sabe o que diz, se sabe o que é o favo, o mel da lua, desdenha o pudor, e despreza-se. Os noticiaristas das gazetas aforaram a phrase, sem saberem, talvez, que desaforavam as palavras.

Cuidei que era santa a paixão que absorvia todas as outras, ou as depurava com o seu fogo sagrado. Nunca os meus pensamentos foram denegridos por um desejo, que eu não possa confessar alto diante de todo o mundo. Diz tu, Thereza, se os meus labios profanaram a pureza de teus ouvidos. Pergunta a Deus quando quiz eu fazer do meu amor o teu opprobrio. Nunca, Thereza! Nunca, ó mundo que me condemnas!

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