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Pozzoli percebeu o que o visconde dissera, e observou, sorrindo: Meu caro visconde, deixe-me dar a desforra á nossa amiga. Seja caridoso, replicou o visconde friamente. Deixe a desforra para outra vez! Pozzoli empallideceu. Laura, sem pronunciar uma palavra, apontou cento e cincoenta francos. O emprezario ganhou ainda. que tinha razão, disse Antonino a Laura, sorrindo por sua vez.

Pozzoli irá ámanhã a casa da distinctissima diva, levando um contracto em branco á sua ex e futura escripturada». Ao ver o cartão de Lauretto Mina, a Linda franziu as sobrancelhas. O tenor escrevera: «Enforca-te Lauretto! Laura esteve prestes a ser queimada viva, e tu não estavas junto d'ella para a salvar». Em compensação, sorriu-se ao ler um outro bilhete.

E a cantora percebeu que era extraordinaria a sua preoccupação. Pozzoli, ao levantar-se da mesa, perguntou-lhe se queria jogar. Laura respondeu machinalmente que sim, mas não comprehendera o que lhe dissera o emprezario. Chegaram á sala do jogo, conhecida pelos habitués sob a designação da sala verde, porque as paredes, o tecto e o proprio soalho eram forrados de veludo d'aquella côr.

Todos os convidados presentes na sala d'armas seguiam com curiosidade o assalto entre Despujolles e Remissy, que, em mangas de camisa, esgrimiam enfurecidamente, como dois demonios. Ninguem reparou para Pozzoli e para o visconde, que fizeram tudo o que deixamos dito sem serem percebidos.

Por entre os nomes do que vulgarmente se chama todo Paris, procurava um que não encontrava, e lia com indefferencia as palavras escriptas a lapis sobre os papeis que folheava. Entretanto um bilhete houve que lhe prendeu a attenção por mais tempo. Era de Pozzoli. Dizia o antigo emprezario de Laura: «Morreu a Opera, viva o theatro dos Italianos!

Aposto em como o vae amar loucamente. A noite foi boa, Pozzoli. Trataste satisfatoriamente dos teus negocios e adeantaste os meus. Obrigado! Não te calarás? gritou a Elvira gorda acotovellando o tenor com rudeza. Lauretto riu-se. Deixa-o fallar, Elvira, disse Pozzoli. Lauretto tem razão. Vou por elle. Has de ser amante de Laura! E rindo-se, pegou em quatro notas de mil francos cada uma.

Quando viu em volta um circulo espesso d'ouvintes, dos quaes faziam parte grande numero de convivas de Pozzoli, desenrolou um largo papel e leu esta especie de proclamação: «O violinista hungaro Remissy, aqui presente, faz saber que offerece um punch aos seus amigos e amigas no proprio local em que foi servido o almoço d'esta manhã, ao qual circumstancias imprevistas fizeram com que não tivesse o prazer d'assistir.

A cantora, ao primeiro olhar, percebeu que o florete de Pozzoli não tinha botão. Acautelle-se!... gritou ella ao visconde. Antonino olhou para o lado d'onde partira a voz de Laura. Esta distracção fez com que se conservasse descoberto durante dois segundos. Pozzoli aproveitou o momento para lhe vibrar uma estocada, de que o visconde não teve tempo de defender-se.

Em S. Germano a custo me cumprimentou, e ao receber o convite para a soirée d'esta noite, apenas me mandou o seu cartão, com estas palavras seccas, escriptas a seguir ao nome: acceita o convite do sr. Pozzoli. Desagrada-me deveras o pretencioso fidalgo! E eu gosto immenso d'elle, respondeu o tenor, rindo. Sim!... Porque?

Fallava com vivacidade e um certo espirito a Antonino, que lhe respondia com phrases curtas, d'uma concisão impossivel d'exceder. Discorrendo sobre Laura, a amante de Pozzoli absteve-se prudentemente de lhe apontar o mais insignificante defeito. Formosissima mulher! disse ella, mas sobretudo admiravel artista.

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