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Nem hasteada cruz, consolo ao morto; Nem lagea que os proteja Do ardente sol, da noite humida e fria, Que passa e que roreja! Não! hão-de jazer no esquecimento De deshonrada morte, Emquanto, pelo tempo em desfeitos, Não os dispersa o norte. Quem, pois, consolará gementes sombras, Que ondeiam juncto a mim? Quem seu perdão da Patria implorar ousa, Seu perdão de Elohim?

Em quanto No templo ondeiam silenciosas turbas, Exultarão do abysmo os moradores, Vendo o hypocrita vil, mais impio que elles, Que escarnece do Eterno, e a si se engana; Vendo o que julga que orações apagam Vicios e crimes, e o motejo e o riso Dado em resposta ás lagrymas do pobre; Vendo os que nunca ao infeliz disseram De consolo palavra ou de esperança.

Mais que o homem feliz! Quando eu no valle Dos tumulos cahir; quando uma pedra Os ossos me esconder, se me fôr dada, Não mais reviverei; não mais meus olhos Verão, ao pôr-se, o sol em dia estivo, Se em turbilhões de purpura, que ondeiam Pelo extremo dos céus sobre o occidente, Vai provar que um Deus ha a estranhos povos E além das ondas trémulo sumir-se; Nem, quando, do cimo das montanhas, Com torrentes de luz inunda as veigas: Não mais verei o refulgir da lua No irrequieto mar, na paz da noite, Por horas em que véla o criminoso, A quem íntima voz rouba o socego, E em que o justo descança, ou, solitario, Ergue ao Senhor um hymno harmonioso.

Ascendem helices, rastros... Mais longe coam-me soís; Ha promontorios, farois, Upam-se estatuas d'herois, Ondeiam lanças e mastros. Zebram-se armadas de côr, Singram cortejos de luz, Ruem-se braços de cruz, E um espelho reproduz, Em treva, todo o esplendor... Cristais retinem de medo, Precipitam-se estilhaços, Chovem garras, manchas, laços... Planos, quebras e espaços Vertiginam em segredo.

Voltemos. Na ribeira abundam as ramagens Dos olivaes escuros. Onde irás? Regressam os rebanhos das pastagens; Ondeiam milhos, nuvens e miragens, E, silencioso, eu fico para traz. N'uma collina azul brilha um logar caiado. Bello! E arrimada ao cabo da sombrinha, Com teu chapéo de palha, desabado, Tu continúas na azinhaga; ao lado Verdeja, vicejante, a nossa vinha.

Palavra Do Dia

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