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Eis aqui os testemunhos que Pereira colligiu. O primeiro e o segundo são dos fins do seculo XV, e ainda assim, ao que parece, reduzem-se a um . Persuadem-no o affirmar Olivier de la Marche que sobre a questão das armas portuguesas ouvira pessoas notaveis de Portugal com quem tractara tendo-se espraiado pouco antes em encarecidos elogios á sciencia e talento de Vasco de Lucena. O terceiro é uma passagem, ali

E sobre este ponto discute o auctor o erro que havia nos dictos castellos, estribando-se na opinião de portuguêses notaveis. Aqui tem v.. o testemunho de Olivier de la Marche em toda a sua força e pureza, postoque resumido. Não lhe faço commentarios. Deixo a v.. e a todos homens instruidos que os façam. Eu por mim estou satisfeito.

O auctor confessa que a favor da apparição não bastam os testemunhos posteriores ao anno de 1495, insufficientes para provas de um facto succedido em 1139, logo elle vai offerecer-nos documentos, trezentos, ou, pelo menos, duzentos annos anteriores. Eu digo o que nos offerece Pereira em logar dos testemunhos insufficientes. 1.^o A narrativa de Olivier de la Marche na introducção ás suas Memorias.

Falta o segundo testemunho, que deixei para ultimo logar, porque se prende com o que me resta a dizer a v.. sobre a lenda da apparição. Esse testemunho é o de Vasco Fernandes de Lucena, que, indo como orador da embaixada enviada por D. João II ao papa em 1485, referiu a historia da apparição no discurso que recitou perante Innocencio VIII e perante a curia. Como prova do successo, elle tem pouco mais ou menos o valor do de Olivier de la Marche. Se aos historiadores que escreveram depois de 1495 se não póde attribuir, segundo Pereira, e muito mais segundo as doutrinas dos pios e eruditos escriptores a que me referi na carta antecedente, auctoridade bastante para nos compellirem a acceitar a tradição de Ourique, tê-la-ha, porventura, o testemunho singular de um homem que o refere apenas dez annos antes, tractando-se de um milagre que se diz succedido n'uma epocha anterior de mais de tres seculos?

Digo que o caso não pára aqui, porque o modo como é narrada a historia da apparição por Olivier de la Marche, descrevendo as armas portuguesas, é curiosissimo.

Mas duas edições da mesma epocha, que provam, senão que alguem interessava em dar áquelle discurso a maxima publicidade? Recorde-se v.. do que eu disse a proposito de Olivier de la Marche, e da influencia que é provavel Lucena tivesse na narrativa do chronista flamengo ácerca das armas de Portugal. Vê-se que em 1492, em que este escrevia, as opiniões andavam encontradas.

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