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Atualizado: 16 de novembro de 2025
Mas a cousa ía correndo, e no fim de contas quem ganhava com essas historias eram as linguas dos maldizentes, que se refocillavam na palangana da murmuração, e o diabo que se lambia para, por estas e por outras, os catrafilar a seu tempo. Veio a quaresma: sancta quadra; mas que por isso mesmo é ás vezes boa de mais. Desobriga vae, desobriga vem, sabe-se muita cousa.
Os outros não sei o que são. Creio que é viva ainda a bisneta de D. Isabel Thereza de Sousa Quintella. Se este livrinho lhe chegar ás mãos, indulte o peccado de murmuração da vida alheia a um velho que, tendo sete annos de idade, a beijou na face quando s. exc.^a contava algumas horas de existencia. Oh!... mas, a final, que immensa tristeza me deixam no coração estas paginas!...
Entre outros homens, que n'aquella companhia se achavam, eram n'ella mais costumados, em anoitecendo, um letrado que alli tinha um casal, e que já tivera honrados cargos do governo da justiça na cidade, homem prudente, concertado na vida, douto na sua profissão, e lido nas historias da humanidade: um fidalgo mancebo, inclinado ao exercicio da caça, e muito affeiçoado ás cousas da patria, em cujas historias estava bem visto: um estudante de bom engenho, que entre os seus estudos se empregava algumas vezes nos da poesia: um velho não muito rico, que tinha servido a um dos grandes da côrte, com cujo galardão se reparara n'aquelle logar, homem de boa creação, e, além de bem entendido, notavelmente engraçado no que dizia, e muito natural de uma murmuração que ficasse entre o couro e a carne, sem dar ferida penetrante.
Em outro lanço das Memorias, Diogo de Paiva, reportando-se novamente a este caso que estrondeou n'aquella época, acrescenta: Damião de Goes, bem conhecido n'este reino por seus escriptos, foi grande inimigo de D. Antonio de Athayde, 1.º conde da Castanheira, e valido de D. João III; porque apparecendo em palacio a celebre satyra contra o mesmo conde, que deu causa á murmuração de Maria Pinheira, Damião de Goes a ajuntou a um nobiliario que tinha escripto; sabendo-o o conde, o esperou na rua Nova de Lisboa uma noite, e lhe deu com um pau.
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