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Atualizado: 1 de junho de 2025
O outôno vinha chegando, duma estranha doçura esse ano, a infiltrar-se na alma, todo doirado nos poentes tepidos a esmorecerem em lentas agonias, como nas arvores que se cobriam do oiro das folhas mortas para mais depressa se despirem e esperarem arrepiadas e friorentas o triste inverno.
E o povo todo ao vêl-o esgueirar-se timido plas vielas já não ria os gestos cortados do bôbo das tabernas, todos recordavam as graças mortas do outro anão do mesmo casaco comprido.
Só ella pois, realmente, d'entre todas as amigas de Fradique, podia apreciar como paginas vivas, onde o pensador depozera a confidencia do seu pensamento, esses manuscriptos que para as outras seriam apenas sêccas e mortas folhas de papel, cobertas de linhas incomprehendidas.
Felizmente a Gertrudes, que ainda se não deitára, correu áquelle ai agudo que cortára o silencio do casarão. Achou-a estirada ao través do leito, com os cabellos soltos da rede rojando no chão, as mãos geladas e como mortas. Desceu a acordar a mulher do caseiro, e até de madrugada foi uma azafama para a chamar á vida.
Não pertenciam os portuguezes d'então a essas classes, que degeneravam e se corrompiam por falta de vida politica? Não era com as instituições primitivas annulladas e mortas que se obravam tantos milagres de valor, de virtude e de patriotismo?
Ha n'estas vozes indefiniveis das horas mortas a suspensão de um segredo, que se não articula; o silencio remoto parece escutar as musicas de dentro, que se espraiam na alma, como os sons eólios que a brisa entorna da escarpa.
Emfim, Eduardo fallava muito de amor, de poesia, de coração, de mulheres, de muitas mulheres vivas, e de algumas mortas, de Fiammeta, de Fornarina, de Collona, de Leonor, de Corinna, etc., excepto de Antonia.
A nossa alma é como velho arco de ponte, sob o qual flui o rio do tempo, levando no seu curso as verduras da terra e as luzes do firmamento, cabelos corredios de algas e filamentos luminosos de mundos, flôres das margens e cometas do Infinito. De quando em quando, da nossa própria alma tombam flôres mortas que o tempo leva e vai sumindo na imensidade da Distância.
Dentro d'alma d'ella, triste campo santo, Muitas almas vivem mortas a sonhar!... Vivem mortas, mudas, n'um dorido encanto... Nos seus olhos vitreos cristalisa o pranto, Nos seus labios roxos fosforece o luar... E essas almas fluidas que ella traz comsigo, Talisman da crença, magico poder!
Pediu o cavallo, outro espectro na transparencia e magreza, e cravando-lhe as esporas voou a Santarem, talvez na esperança de ainda pôr a mão em cima da presa. Voltemos agora á Azenha de Cima, aonde deixámos Manuel Coutinho e o Antonio da Cruz, esperando pelas horas mortas da noite afim de emprehenderem a campanha planeada por ambos.
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