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Por Deus, querida, que me despedaças o coração! Por Deus te juro, que o meu amor é teu. Não falles da fioraia, que é apenas uma recordação. Todas as flôres de Florença não valem essa poeira branca que te cobre as tranças e faz lembrar a neve da manhã que polvilha a rosa. Querida, se tu soubesses com que vertiginoso enthusiasmo eu vou copiando nas faces da Galathea o colorido da fornarina! Quero deixar o teu retrato no palacio de Agostino; preciso que todos saibam que te amei. Se visses a Galathea, conhecias-te.

N'este momento entrava Julio Romano. Instantes depois, Raphael cahia prostrado no leito, e o discipulo amado colhia nos braços Fornarina para a tirar da camara onde ella sentia os pés chumbados ao pavimento. Quatro pessoas dividiram o espolio do grande artista: Fornarina, Julio Romano, um padre, tio de Raphael, e o cardeal Bibiena, a quem legou uma propriedade que possuia perto do Vaticano.

Isso para mim é tão impossivel como seria a Tasso não pensar em Leonor, a Raphael esquecer a Fornarina, cujo retrato contemplámos os dois de mãos dadas em Roma, e cuja copia admirámos tambem em Florença.

Chamas-lhe Beatriz, Laura, Fornarina, Natercia, e ella diz-te que se chama Custodia, ou Genoveva para te aguar a poesia d'esses nomes, que, na minha humilde opinião, são completamente fabulosos.

Muitas vezes, emquanto pintava a Galathea, abandonava a paleta para ir vêr fornarina, cujo retrato se reproduz em quasi todas as obras da segunda metade da vida de Raphael. Por uma d'aquellas manhãs formosas da Italia, em que todo o céo se esbate n'um azul delicioso, fornarina, que estava cuidando d'umas flôres dispostas na janella, levantára de golpe a cabeça, ao sentir passos conhecidos.

Se visseis afoguearem-se-lhe as faces no suave carmim das rosas que desabrocham, e brilhar-lhe nos olhos a luz delicada das estrellas que palpitam, dirieis que chegava Raphael. Raffaelo! exclamára a fornarina. Querida! suspirára Raphael. Não ames tanto as tuas flôres, que eu tenho ciumes d'ellas. Que remedio! Se é preciso amar as flôres para merecer o teu amor! te não lembras de Florença?...

Foi nos braços de Fornarina que elle despeitorou as suas tristezas d'artista. Ah! dizia-lhe elle, era uma formosa cabeça de Christo, em que eu pozera extremo cuidado. E tinha sido feliz na expressão de soffrimento, na pallidez dolorida das faces, na suave tristeza que desabrochava em sorrisos... Tenho ciumes, Raffaelo. De quem é o teu amor? Meu ou da tua gloria? Fallas d'um quadro que perdeste!

Emfim, Eduardo fallava muito de amor, de poesia, de coração, de mulheres, de muitas mulheres vivas, e de algumas mortas, de Fiammeta, de Fornarina, de Collona, de Leonor, de Corinna, etc., excepto de Antonia.

Era gentil, tinha uns bellos olhos, rasgados, dôces e meigos, e os seus cabellos pretos, que elle tantas vezes reproduzia em seus quadros, davam-lhe ás faces morenas uma expressão de encantadora doçura. Foi em Roma, que elle amou uma rapariga do povo, fornarina, a filha do padeiro.

A Bella-Jardineira. Que ha-de ficar da fornarina? A Galathea. Ella era mulher do povo; eu tambem sou. Cabe-nos a mesma sorte; o esquecimento. O teu amor é um capricho de artista; é mais um devaneio da tua phantasia, que uma necessidade do teu coração. O artista copia, mas o homem não ama.

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