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Atualizado: 21 de julho de 2025


E assim como a gente se admira de ver uma flôr, por mais desbotada e menos formosa que seja, á beira d'um monturo, assim elle se admirava de que aquella mulher tivesse nos olhos um relampago de compaixão estando habituada a viver entre soldados e concubinas. Era, a seu juizo, o ultimo lampejo da alma que bruxoleava apagada pelo vicio. Extincto o derradeiro clarão, ficaria apenas a lampada o corpo.

Ninguem?! O nome desse homem, ou tu és tão vil como elle! Serei, João... sou. A moura do Olival, que te queria tanto como á luz dos olhos, morreu no dia em que lhe pozeram uma mordaça na bocca e ataram os pulsos: atiraram depois o corpo ao monturo... como de moura que era. Garifa morreu, João: o que aqui está é uma desgraçada corrida por palafreneiros... a quem a lançaram...

Fujamos depressa d'este monturo.

Creio que não. Mas quando pudesse fazê-lo, não o faria. E ahi está neste mesmo juizo um traço de tutela extranha, pois que a sensualidade como a Arte que pratiquei serviram a marcar-me de relapsa, emparedando-me! Sou para toda a gente a desprezivel Sapho, alma e corpo de monturo. E isto porque não acceitei o phalansterio commum, e pratiquei o amor lesbico.

O digno chefe, debruçado sobre o monturo, apanhava, sacudia, recolhia com amor aquellas bellas estampas, que chegavam de Paris, contavam as delicias de Paris, derramavam atravez do mundo a seducção de Paris. Em fila começamos a subir para a Serra. A tarde adoçava o seu esplendor d'estio. Uma aragem trazia, como offertados, perfumes das flôres silvestres.

Aos olhos piscos de um Fernandes, logo que elle suba, fumando o seu cigarro, a uma arredada collina a sublime edificação dos Tempos não é mais que um silencioso monturo da espessura e da côr do final. O que será então aos olhos de Deus!

Vergonha sobre ti que tanto te abaixaste!... Vergonha sobre ti, Velho, que profanaste a fronte d'ancião, a auréola sagrada que seria por nós mais do que idolatrada, teus louros de escriptor, teu gladio justiceiro, terrivel como Deus, teus louros d'homem puro para os lançar, ó Velho, ao charco d'um monturo! Vergonha sobre ti e os teus cabellos brancos!

O desespero das imprecações do desgraçado da terra de Hus, deitado sobre o monturo, coberto de lepra, envergonhando-se da luz, desejando haver tido o sepulchro por berço e por seio que o escondesse a podridão e os vermes da terra, todo este cicio da immensa agonia da alma que se alevanta até Deus e na sua fraqueza lhe exproba a desegualdade da lucta, é uma das mais completas, a primeira manifestação do poema eterno da agonia.

Ultimamente, nem sei por que, perdi toda a minha alegria, renunciei a toda a especie de exercicio; e sinto na alma uma tal tristeza, que esta maravilhosa machina, a terra, me parece um esteril promontorio, este esplendido docel, o céu, esse magnifico firmamento suspenso sobre nossas cabeças, essa abobada sumptuosa, onde brilha o oiro de innumeras estrellas, tudo me parece um infecto monturo de vapores pestilentes.

Fujamos depressa d'este monturo.

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