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Atualizado: 7 de junho de 2025


Pelas rugas da fronte que medita... Pelo olhar que interroga e não nada... Pela miseria e pela mão gelada Que apaga a estrella que nossa alma fita... Pelo estertor da chama que crepita No ultimo arranco d'uma luz minguada... Pelo grito feroz da abandonada Que um momento de amante fez maldita...

Sampayo medita seriamente na sua situação, e, apasiguando os animos das turbas com discursos ácerca da inutilidade da resistencia, resolve ir ao encontro do general Lorge, que marchava contra a villa onde elle exercia a suprema auctoridade.

Que turbida epopeia! Ó povo soffredor, fóco de luz De onde irradia a Ideia, Medita; o que ha de mais cruento e féro No coração de um Nero?! Como é que desce tanto a raça humana? Como é que um Povo culto Supporta resignado a mão tyranna Que lhe arremessa o insulto, E deixa ir esmagando sob as lousas As filhas, mães, e esposas? ....................................

¡Que admira! A solidão medita, e a meditação cria. Os sentidos pastam no que lhes offerecem a Natureza, a fortuna, o acaso; a divindade interior, a alma, tem commercios ineffaveis com o intimo e ignorado.

Se de longe em longe alguma tenda, Se uma fonte que ensombra alta palmeira. Lhe alveja no deserto; se inda um pouco Lhe repousa a cabeça afadigada, Não faz, crente no Deus que o tem guiado, A oração da noite, a acção de graças E, antes que cerre as palpebras, medita...

Genios transcendentaes, que o mundo honrárão, Não temêrão largar barrenta capa, Que mesquinha entorpece os vôos d'alma: Do divino Platão, o Sol da Grecia, Ouve attento o clamor, no peito o encerra: "O espirito do Sabio anhéla a morte, Nella medita, e a quer: sempre que tende Fóra de si; taes são seus appetites."

Palavra Do Dia

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