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Atualizado: 5 de maio de 2025
Na sua frente, entre duas largas corbelhas de prata lavrada, d'onde emmergiam montanhas enormes de flores silvestres, avistava o perfil risonho de Mathilde conversando com um francez que não conhecia, e que estava achando profundamente antipathico, e quasi insolente na intimidade que affectava no dialogo. Tratou de indagar da sua visinha da esquerda quem elle seria.
Ainda me lembro d'um jantar em que appareceu um mostrengo d'um slavo, de guedelha sordida, que atirava olhos medonhos para o decote da pobre condessa d'Arche, e que grunhia com o dedo espetado: «Busquemos a luz, muito por baixo, no pó da terra!» E á sobremeza bebemos á delicia da humildade e do trabalho servil, com aquelle Champagne Marceaux granitado que a Mathilde dava nos grandes dias em copos da fórma do San-Gral!
Diz que sabendo a Condessa de Bolonha Mathilde, que seu marido era obedecido por Rei pacificamente, e não sabendo nada do seu cazamento, confiando, que se elle a visse, a trataria, e honraria como sua verdadeira mulher, aprestara Naos, e que bem acompanhada, e com um filho, que se disse ter do dito seu marido, se embarcara para este Reino, e chegando a Cascaes donde soubera logo, que elle estava em Friellas, e cazado com outra mulher, recebendo grande indignação, e tristesa, arrependida de ter vindo, especialmente depois de saber da condição da segunda mulher, tomando parecer, mandára dous Cavalleiros principais dos que trazia comsigo, para que participassem a El-Rei a sua vinda, e a sua queixa; e pela reposta, que trouxeram, se voltara para França, deixando o filho, segundo diziam uns, e que por certa lembrança achara, o havia levado comsigo, e que depois o mandara a este Reino, com outras mais circumstancias, que se referem no dito Capitulo.
Aos olhos da sociedade Mathilde escorregara subitamente do sanctuario da moralidade no esterquilinio do vicio e do crime; já não havia valer-lhe.
A marqueza de Carrillos levára a sua filha, aquella inquieta Mathilde, noiva por sport, tecendo e desarranjando os casamentos, como Penelope a famosa teia. Para ella não havia flirts: tudo noivados.
Apenas haviamos subido alguns degraus da escada, cujo andar era habitado pelo conselheiro e sua familia, quando nos soou distinctamente a voz de Mathilde, altercando furiosa com sua irmã Maria. Hesitámos um instante no nosso proposito, e por alguns momentos ficámos perplexos, sem saber o que fazer.
A ventura em demasia conduz-nos a maior parte das vezes a uma dolorosa prostração e fleugmatica indifferença por tudo o que não fôr o objecto das nossas vistas apaixonadas e infantis. Mathilde tornara-o flexivel a ponto de o converter n'um instrumento pueril de todos os seus caprichos e insaciaveis desejos. Os bailes multiplicavam-se; os jantares não tinham limites.
Em tal conjunctura só faltava aos conspiradores encontrar um chefe, capaz de substituir no throno o desditoso monarcha. D. Affonso, irmão de D. Sancho, e conde de Bolonha pelo seu casamento com a condessa Mathilde, foi o indigitado.
Quasi o julgara doente, se, porventura, não fôra um amigo d'aquelles sitios, que me disse tel-o encontrado, poucos dias antes, de perfeita saude e invejavel robustez. Dei-me por satisfeito, e de nada mais quiz saber. Aconteceu, porém, um dia, ser eu convidado para um baile em casa do conselheiro F., por occasião do anniversario natalicio de sua filha Mathilde.
Olhe, Mathilde, disse-lhe elle uma vez, se algum dia a fortuna deixar de ser avessa para mim, só uma mulher me poderá dar felicidade, e então irei pedir-lhe, a si, que, para epilogo do começado romance juntemos os nossos destinos, embora as cabeças branquejem, annunciadoras de velhice.
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