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Atualizado: 9 de julho de 2025
Ali junto, no angulo sul, erguia-se a Torre dos sinos que havia de chamar os Jeronymos ás orações do ritual; lembrar aos mareantes que partiam a confiança em Deus e na Patria; saudal-os alegremente na chegada das asperas navegações e campanhas: uma torre singella e pratica, tão tradiccional e symbolica como toda esta disposição architectonica, em edificações monasticas do seculo XVI.
Azurara, citando as invectivas do Infante contra as hesitações dos primeiros navegantes mandados a descobrir, falla nas opiniões de «quatro mareantes, os quaes, como são tirados da carreira de Flandres ou de outros alguns pontos para que commummente navegam, não sabem mais ter agulha nem carta de marear» . Com estas breves palavras fixou Azurara o estado dos conhecimentos de navegação no começo dos descobrimentos.
Iam desapparecendo os dias e as noites, andando-se sempre, e nem um signal de terra! Ás vezes calmarias detinham a marcha dos navios, batendo nos mastros as velas inertes, e soffriam mais que nunca os mareantes incommodos dos balanços descompassados dos navios sobre as aguas aliás tranquillas do oceano!
Convem aqui dizer o que eram os Reportorios dos tempos, que tanto emprego tiveram entre os mareantes do seculo XVI. Os Reportorios eram livros em que se compilavam as regras praticas da arte de navegar e se davam as tábuas de declinação e outros elementos necessarios para a navegação, referidos, em geral, a alguns annos a seguir ao da publicação do livro; juntamente traziam outras indicações proprias dos actuaes almanachs ou reportorios, e muitas que os preconceitos da astrologia, cada vez mais desacreditada, ainda tornavam interessantes.
Se a isto accrescentarmos a descoberta do phenomeno dos ventos regulares e das monções, as primeiras investigações feitas sobre as correntes maritimas ou rilheiros, como lhes chama D. João de Castro, e ainda sobre outros assumptos, facil é de ver que todas as maravilhas da physica do mar e todos os problemas da navegação foram primordialmente tocados pelos mareantes portuguezes.
Foram mais previdentes que humanos os mareantes, que se fizeram á vela sem empregar alguns meios de salvar o Serrão e vingar a morte de seus companheiros. Mas nem por isso foram mais felizes no proseguimento de sua viagem, que a fortuna raro corôa acção ruim.
Dissiparam-se, portanto, os sustos; e os navios foram seguindo, costa abaixo, por Cabo-Verde, a Guiné, onde, cheios de satisfação, os mareantes aprisionam os primeiros negros os azenegues do Senegal.
E mais de um seculo depois João de Barros escrevia: «No tempo em que o Infante D. Henrique começou o descobrimento da Guiné, toda a navegação dos mareantes era ao longo da costa, levando-a sempre por rumo; da qual tinham suas noticias por signaes de que faziam roteiros, como ainda ao presente usam em alguma maneira, e para aquelle modo de descobrir isto bastava» .
Pelo menos, a impressão que o leitor d'estas historias recebe da narração dos seus actos consecutivos, é a de que no caracter do infante não primava a humanidade. Voltou a encerrar-se em Sagres, com os seus livros, os seus mappas, os seus cosmographos e mareantes: voltou a olhar para o mar pois que, por largos annos, para sempre talvez! estava perdida metade da sua empreza.
N'esta terra, cujo senhorio el-rei havia dado a D. Henrique, fundou elle uma villa, que se denominou do «Infante», e a qual devia servir para tracto e refresco dos mareantes que fossem ou viessem do levante.
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