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Atualizado: 21 de julho de 2025
Á porta e ás janellas do quartel appareceram muitas praças agitando os bonnets. Da rua das Taypas, os manifestantes dirigiram-se á rua do Triumpho, entoando a Marselheza e a Portugueza, então muito em voga. Em frente do quartel de infantaria 10 reproduziram-se os applausos ao exercito e o cortejo seguiu para a rua do Pombal, parando junto d'uma das casas d'essa rua a acclamar o dr.
Resoou uma enthusiastica salva de palmas, o estudante Ernesto de Vasconcellos fez um discurso caloroso e alguem soltou este grito: Para a rua! Os manifestantes sahiram em massa do estabelecimento e encaminharam-se para a rua dos Clerigos, tendo á frente, entre outros, João Chagas e o dr. Julio de Mattos.
Os habitués da nossa Opera, a jeunesse dorée tranzidos de pavor, não lhe oppuzeram a menor resistencia. Dentro e fora do edificio os manifestantes gritavam: Hoje não é dia de espectaculo, é dia de luto!... Sahindo de S. Carlos, alguem lembrou que o consulado inglez era na rua das Flores. O rastilho propagou-se.
O cortejo comprehendia individuos de todas as classes sociaes e atroava os ares com vivas, morras e ruidosas salvas de palmas. Dos Clerigos, os manifestantes foram á Cordoaria. Depois, em frente da Relação, o estudante Eduardo de Sousa fez um discurso e o cortejo encaminhou-se para a rua das Taypas, produzindo novas e estrepitosas demonstrações deante do quartel de caçadores 9.
Serpa Pinto, heroe africano, perde o prestigio D'essa agitação imponente, d'essa inesperada revelação de civismo em face da humilhação inflingida ao paiz, sahira, porém, uma ideia, que, encontrando rapidamente o maior apoio em todas as classes manifestantes, em breve se traduziu n'uma aspiração nacional.
Dois dias a fio, um cortejo composto exclusivamente de marinheiros da armada appareceu n'alguns pontos de Lisboa, saudando enthusiasticamente a bandeira da patria e dando vivas á independencia nacional. O governo atemorisou-se com o facto e ameaçou os manifestantes de os encarcerar durante trinta dias.
Na rua, o povo formava alas á passagem dos seus representantes. Calculava-se em mais de 40:000 o numero dos cidadãos que accorreram ao chamamento dos iniciadores do congresso. Nas janellas os espectadores applaudiam phreneticamente e lançavam flôres á passagem dos manifestantes. A recepção era digna e estava em tudo e por tudo á altura das ideias que se glorificavam.
D'ahi a momentos, a commissão que se avistara com o presidente da camara voltou para junto dos manifestantes, e communicou-lhes que o parlamento, tendo tomado em consideração a démarche patriotica da academia, occupar-se-hia, na sessão seguinte, dos assumptos que interessavam a defeza e a integridade do paiz.
Depois, a grande massa dos manifestantes subiu á parte alta da cidade a saudar a imprensa, que se collocára abertamente ao lado do povo, verberando a affronta. As redacções do Seculo, Revolução de Setembro, Jornal da Noite, Jornal do Commercio, Debates, Correio da Manhã e Gazeta de Portugal foram alvo de manifestações de sympathia.
Á entrada do Largo das Côrtes, do lado do mercado, um cordão de policias pretendeu impedir a passagem aos manifestantes, mas o cortejo rompeu-o e tudo passou. A guarda do palacio chamou ás armas e calou bayonetas. Em frente do edificio, destacou-se do cortejo uma commissão que foi falar ao presidente da camara.
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