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Atualizado: 19 de junho de 2025


A inevitavel conclusão a tirar d'estes factos é que realmente no espirito de Magnan o conceito de Delirio Chronico se modificou a ponto de apparecer-nos duplo á distancia de alguns annos. Infelizmente, o actual não vale o antigo. Mas, porque passou Magnan da larga concepção de 1883 para a de hoje, tão estreita, tão geometrica e tão rígida que os factos se lhe não acommodam?

A etiologia; a marcha; o prognostico Confronto com os delirios polymorphos A passagem do periodo persecutorio ao ambicioso não é vulgar; a passagem á demencia é excepcional O delirante chronico é um degenerado; importante observação pessoal A prognose dos delirios polymorphos é muitas vezes a do Delirio Chronico Dois conceitos de Delirio Chronico no espirito de Magnan; génese do segundo.

Tacita ou explicitamente é isto reconhecido pelos proprios auctores que, á maneira de Magnan e de Krafft-Ebing, assignalam á degenerescencia uma pluralidade de causas. Buscando na observação clinica dos symptomas e na marcha das affecções mentaes os indicios da degenerescencia, é evidente que elles abandonam o exclusivo criterio etiologico.

Depois, com effeito, de ter admittido na evolução do Delirio Chronico quatro periodos nitidamente desenhados o de incubação, o de perseguições, o ambicioso e o demente, Magnan escreve: «Estes periodos succedem-se irrevogavelmente da mesma maneira, de sorte que podemos sem receio pôr fóra do Delirio Chronico todo o doente que d'emblèe se torna perseguido ou ambicioso, ou que, primeiro ambicioso, se torna depois perseguido» .

Ao passo que uns, como J. Falret, exclusivamente incriminam a hereditariedade na producção dos degenerados, outros responsabilisam, como Cotard, as doenças infantis, como Boucherau, as doenças do feto, ou ainda, como Christian, o estado mental dos paes no acto da procreação. Pelo seu lado, Magnan reconhece todas estas causas, considerando, todavia, preponderante e typica a hereditariedade,

Todo o commentario seria pallido, todo o retoque prejudicial a este quadro d'après nature. A questão de saber corno Magnan exprime em 1893 uma opinião diametralmente opposta á de Legrain, que em 1886 se dava como interprete da escóla de Sant'Anna, é secundaria para nós e sem interesse para a sciencia.

Pelo que respeita á primeira d'estas caracteristicas, diz Magnan: «O delirio chronico fere em geral na idade adulta individuos sãos de espirito, não tendo até então apresentado nenhuma perturbação intellectual, moral ou affectiva. Magnan, Obr. cit., pag. 236. Magnan, Obr. cit., pag. 237.

Ao passo que Gérente, como foi dito, fazia derivar o Delirio Chronico de uma predisposição quasi sempre hereditaria e preparada atravez de gerações, Magnan affirma que um tal facto é excepcional e que, de ordinario, a psychose affecta individuos isentos de qualquer tara nervosa e absolutamente correctos no ponto de vista mental. «O Delirio Chronico, diz Magnan, fere em geral na idade adulta individuos sãos de espirito, não tendo até então apresentado perturbação alguma intellectual, moral ou affectiva.

O que diz a observação clinica? Vamos vêr que o seu depoimento está longe de ser favoravel a Magnan.

Estabelecendo com Magnan (como o fizera Lasègue para o perseguido) que o delirante chronico é um ser normal até á invasão da doença, Legrain compraz-se em vêr na incubação d'esta uma lucta da razão com os morbidos elementos invasores. Ao passo que o degenerado supportaria, por assim dizer, o seu delirio, espontanea manifestação de um desequilibrio preexistente, o normal fabrical-o-hia lentamente, hesitantemente e raciocinando sempre.

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