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Atualizado: 12 de junho de 2025
Ludovina turvou-se da surpresa, e assim denunciou aos olhos do pae o sobresalto em que a puzera a apparição do amante. Melchior Pimenta, forte da sua indignação, insultou Almeida, exprobrando-lhe a pertinacia da infamia, e ameaçando-o com a morte, se elle não sahisse immediatamente d'aquella casa. Ludovina cobrando forças, disse que só ella tinha direito de expulsar alguem d'aquella casa.
Agora só a couvinha na horta, a beldroega, os espinafres, algum feijãosinho em terra muito fresca... O meu Principe sacudiu com brando gesto estes legumes rasteiros. Bem, boa noite, Manoel. Essas laranjas são da tal laranjeira que diz o Melchior, muito doces, muito finas? Então leve para os seus pequenos. Leve muitas para os pequenos. Não! o empenho era crear a arvore.
D'este enlevo nos arrancou o Melchior com o doce aviso do «jantarinho de suas Incellencias». Era n'outra sala, mais núa, mais abandonada: e ahi logo á porta o meu super-civilisado Principe estacou, estarrecido pelo desconforto, escassez e rudeza das coisas.
Conto os factos, e deixo as luas ao arbitrio do leitor. Fez-se o casamento, e effectivamente partiram os conjuges para Celorico de Basto. D. Angelica tambem foi. Melchior Pimenta ficou para comprar terreno, e contractar o architecto e alveneis que deviam fazer o palacete, a toda a pressa. Os cavalheiros de Basto receberam cartão do casamento.
Affronta?! essa não é má! Pois eu vinguei a sua honra, sem saber o que fazia, e o senhor ainda diz que o affronto! Ora, meu amigo, o senhor é que me parece doudo! Acredite o que lhe digo, sr. Melchior. Este charuto era do amante de sua mulher, que entrava no meu jardim pela porta do muro, e vinha a esta casa todas as vezes que queria.
E olhe que ella não me engana, porque quem lhe disse tudo, como era e como não era, foi a criada do seu préscurador chamado o snr. Mélchior, que é lá todo da casa do Custodio de Jesus e mais as senhoras d'elle, que são as que contam estas coisas todas diante da criada... Inda ella honte lá esteve, porque agora, pelos modos, vae lá um inferno em casa p'ra amôr do namorico Credo!
«Tens razão, Ludovina murmurou o barão, com as lagrimas nos olhos Eu estou doudo; o que disse é uma mentira; se fôr necessario, eu peço perdão ao sr. Melchior, e á sr.ª D. Angelica. Ouviu, meu pae? Vá, agora vá. Assim fez o que lhe pedi? «Foi elle que me arrastou para esta sala... Sabe que mais, sr. barão? O senhor o que deve fazer é recolher-se a um hospital, antes que as auctoridades o amarrem.
O barão de Celorico proseguiu, cerrando a porta da sala: O senhor tem vivido enganado com minha sogra, acho eu. «O que? Tenha mão, não se atrigue, sr. Melchior. As desgraças são para os homens, e o remedio é atura'-las quando ellas chegam. Sua mulher não lhe tem sido fiel. «O senhor está doudo, e, se não está doudo, é um infame malvado! exclamou Melchior erguendo-se com arrebatamento.
«Que o dicto Melchior do Amaral é de parecer que Portugal ganha muito n'isso, e que, se porventura S. M. não remedeia a pobreza d'elle, não sabe quem ha de remedial-a.» «Que diz tambem que o reino deve tres milhões, e que faltam trezentos mil cruzados para chegar a receita á despeza, o que elle sabe pelos livros da fazenda real.»
E a respeito de camas, oh amigo Melchior? O digno homem ciciou uma desculpa encolhida «sobre enxergasinhas no chão...»
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