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E chegando á Amieira lamarosa, Onde o caminho vem de Benavente, Se algum licor trazia de Lyeo, Sem gota lhe ficar alli o bebeo. Tão rijamente os odres despejavam Como em terra que tem de vinho abrigo; Mas se tanto bebiam confiavam No Thomé dos Pegões que era amigo.

Pouca tardança faz Lyeo irado Ne viſta deſtas couſas, mas entrando Nos paços de Neptuno, que auiſado Da vinda ſua, o eſtaua ja aguardando: Aas portas o recebe, acompanhado Das Nimphas, que ſe eſtão marauilhando, De ver que cometendo tal caminho, Entre no reino dagoa o Rey do vinho. O Neptuno, lhe diſſe, não te eſpantes.

Fazem concilio os bebados de porte, Oppõe-se aos Bagulhentos Pedro ingente; Favorece-os o Catigela forte, No Lamarosa tem seu lava-dente. De inveja Lyeo lhes busca a morte, Descendo a Monte-mór contra esta gente, Que em rio Mourinho a acção traidora, E a Peramanca chega vencedora.

Venha o padre Oceano acompanhado Dos filhos & das filhas que gerara, Vem Nereo, que com Doris foy caſado, Que todo o mar de Nimphas pouoara: O Propheta Proteo, deixando o gado Maritimo pacer pella agoa amara, Ali veyo tambem, mas ja ſabia O que o padre Lyeo no mar queria.

E vós, Fernan Gonçalves, segurança Das festas de Lyeo em esta idade, Podeis atravessar com confiança Quantas adegas ha n'esta cidade: Vós, mano, nosso amor, nossa esperança, A quem promettemos lealdade, Pois Baccho a nós vos deu por cousa grande, Seja a medida assim de quem a mande.

Nem deixarão meus versos esquecidos Aquelles que na sêde gastadora Se fizeram no copo tão subidos, De Lyeo a bandeira vencedora: Um Daniel fortissimo e os temidos Lacaios, por quem sei que sempre chora Da Chamusca e Louredo o vinho forte, E outros a quem Thetis causa a morte.

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líbia

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