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Atualizado: 5 de junho de 2025
Jamais pude co'o fado ter cautella; Nem houve nunca em mi contentamento, Que não fosse trocado em dura estrella. Que bem livre vivia e bem isento, Sem qu'ao jugo me visse submettido De nenhum amoroso pensamento! Lembra-me, amigo Agrario, que o sentido Tão fóra d'amor tinha, que me ria De quem por elle via andar perdido.
Foi por isso que a sua presença, padre Antonio, me aborrecia, que os conselhos de meu pobre pae me enfastiavam, e que as lagrimas de minha mulher me levavam desde o desagrado até ao odio. Isto foi horrivel, mas verdadeiro. «Como a luz da religião se extinguiu em minha alma, não sei. Lembra-me que me assaltaram saudades de uma sociedade que me ridicularisava a conversão e o casamento.
Lembra-me de que lamentava do fundo da alma que o auctor d'essas bellas poesias tão raras na nossa litteratura, a qual como todas as litteraturas meridionaes não pecca pelo excesso de pensamento tivesse consummido a vida, que tão bellas cousas podia dar-lhe, mettido em si mesmo, n'aquella especie de meditação allucinada que se traduzia, é verdade, em versos magnificos, mas versos que eram, como as perolas, productos de uma dôr mortal.
Não durmo; acaba. ¡Acabar! não acabo em toda a noite, nem que estoire a barriga do diabo. Inda eu não comecei. Lembra-me um Frade que havia em Santarem; tinha um cachaço,... por tal signal que até revia enxundia; ¡e era um demo, o maldito, a beber vinho!... ¡Mas aquillo! a prégar era uma joia; um sermãosinho d'elle atarantava e punha tudo azul.
Lembra-me ha annos vêr representar no theatro do Bairro Alto uma tragedia de D. Ignez de Castro tirada de uma comedia hespanhola de Don Calderon de la Barca, intitulada Reynar despues de morir.
Ora se conheci! Ainda será vivo? Não lhe sei dizer. Ha muitos annos que viajo, e não voltei ao meu paiz. Tem familia em Portugal? Não lhe posso dizer; mas a mim lembra-me que elle tinha um filhito natural, posto que outros diziam que o pequeno era filho de outro hebreu, que andava desterrado. Esse filho desappareceu; não sei se elle o levou, se morreu por cá em companhia de parentes.
Não posso, não sei sêl-o, não está na minha mão rasgar o contracto que fiz com Helena, nos seus ultimos instantes. Mas eu amo Rosa. Que sentimento é este? Como hei de convencer-me de que amo esta mulher? Se isto é uma illusão, como é que se dissipam estas chimeras? Não sei! Lembra-me que senti uma commoção inexplicavel quando a vi chorar!
Ora, vejam a seguinte carta que Ludovina lhe escreveu, antes da sua partida para Celorico: «Lembra-me que, sendo eu creancinha, sentava-me no collo do meu amigo, anediava-lhe os cabellos, fazia-lhe muitas meiguices de coração e de astucia, para no fim lhe pedir um brinquedo, um passeio, uma qualquer cousa que o meu amiguinho me não sabia negar.
Ouvi me disse; por aquella luzinha lá ao longe lembra-me um caso, e um caso que foi certo, passado ali no Minho ha largos annos. Inda eu conservo em casa uns Breviarios de um Padre irmão da minha avó materna, que poderão servir de documento. Elle mesmo o escreveu nas folhas brancas do principio e do fim dos quatro tomos. E era um clerigo honrado, o que escrevia; merece tanta fé como a Escritura.
Para não fallar na poesia Boas Noites, basta apontar-te aquelle trecho da poesia O Musgo: Um dia, não sei que tinha... Uma tristeza tamanha! E lembra-me ir á montanha Que temos aqui visinha, Onde em tempo me entretinha Horas e horas sósinha, Quando ainda não se extranha Que n'uma teia de aranha Se prenda uma innocentinha, Ou atrás d'uma avesinha Se cance a vêr se a apanha.
Palavra Do Dia
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